Os números da hipertensão: novas drogas significam mais controle da doença?

Novo estudo americano decidiu avaliar a tendência da hipertensão em pacientes entre 2005 e 2016 motivado pelo não crescimento do número de pacientes.

Um novo estudo americano decidiu avaliar a tendência da hipertensão nos pacientes do país durante o período de 2005 a 2016. O que motivou a realização do estudo foi o não crescimento do número de pacientes com a hipertensão controlada a despeito do desenvolvimento de melhores drogas com posologia mais facilitada.

Aparelhos para medir a hipertensão e remédios usados no combate da condição.

Tendência da hipertensão

O estudo envolveu 7.837 participantes com mais de 20 anos. Foram excluídos os participantes com informações deficitárias e gestantes. Os dados foram colhidos por pessoal treinado e diversas variáveis foram avaliadas, a pressão arterial era mensurada por médicos treinados.

A maioria dos pacientes hipertensos eram mulheres brancas, destacavam-se os obesos, diabéticos, com melhor escolaridade, a proporção de pacientes com a pressão não controlada girou em tono de 30%.

Leia também: Denervação renal volta como opção no tratamento da hipertensão [ACC 2020]

O estudo observou que a grande maioria dos pacientes com a pressão não controlada faziam uso de monoterapia, a maioria com BRA e IECA.

Com isso o estudo revelou que o número de norte-americanos com a pressão descontrolada não mudou, assim como a proporção de pacientes em uso de monoterapia no período estudado, a despeito de esforços das sociedades médicas e da orientação de diretrizes.

Ouça também o podcast: Cardio-oncologia: como abordar a hipertensão em pacientes com câncer? 

Conclusão

O estudo não foi capaz de dizer se a monoterapia advinha de prescrição médica ou de atitudes dos próprios pacientes. Entretanto, fica claro que insistir em melhores práticas de prescrição incentivando a dupla ou tripla terapia, preferencialmente com medicamentos combinados em uma única pílula pode ser o caminho para um melhor controle pressórico populacional.

A grande questão é se esses números poderiam ser extrapolados para o Brasil. Além de que se as prescrições e esforços para controle da hipertensão no país surtem um efeito desejável.

Receba as principais novidades em Cardiologia! Participe do nosso grupo do Whatsapp!

Referências bibliográficas:

  • Derington CG, King JB, Herrick JS, Shimbo D, Kronish IM, Saseen JJ, Muntner P, Moran AE, Bress Trends in Antihypertensive Medication Monotherapy and Combination Use Among US Adults, National Health and Nutrition Examination Survey 2005-2016. Hypertension. 2020;75(4):973. Epub 2020 Mar 9.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo

Selecione o motivo:
Errado
Incompleto
Desatualizado
Confuso
Outros

Sucesso!

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo.

Você avaliou esse artigo

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Baixe o Whitebook Tenha o melhor suporte
na sua tomada de decisão.