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O parto vaginal, quando não possui contraindicações, é a via de nascimento mais fisiológica para o binômio mãe e bebê, assim como a amamentação, que não há suprimento melhor para o recém-nato. Desse modo, um estudo coorte recentemente apresentado em Houston no Asthma & Immunology 2019 Annual Scientific Meeting evidenciou os impactos positivo da associação parto vaginal e amamentação ao longo de 18 anos.
O estudo analisou registros de 158.422 crianças para avaliar a influencia da via de parto ao nascimento e amamentação nas condições alérgicas de cada jovem no período de 18 anos. As condições alérgicas avaliadas foram: dermatite atópica, alergia alimentar media por Ig E, rinite alérgica e asma.
O resultados encontrados após os ajustes de sexo e raça, foram de que o criança nascidas por parto vaginal apresentavam significativamente menor incidência de dermatite atópica, alergia alimentar media por Ig E, rinite alérgica e asma, quando comparada com crianças nascidas de parto cesáreo (RR 0,89, 0,83, 0,84 e 0,79 – respectivamente).
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Quando comparado com o Brasil, os EUA tem um incidência menor de cesariana, desse modo esse estudo vem para reforçar ainda mais a importância do parto vaginal. Segundo o estudo, esse resultado reforça a teoria que o canal de parto promove uma introdução microbiana ao feto.
As crianças as quais haviam sido amamentadas exclusivamente apresentaram redução significativamente estatística na incidência de dermatite atópica, alergia alimentar media por Ig E e rinite alérgica ( RR 0,74, 0,75, 0,89 – respectivamente). Já as crianças que receberam amamentação complementada, apresentaram uma redução significativa na incidência de uma condição alérgica (RR 0,94) – todavia, não houve significância estatística quando comparadas mais doenças.
Esses resultados só vêm reforçar ainda mais a importância do aleitamento materno, seja a curto ou a longo prazo. Assim como a importância do parto vaginal, uma vez que em nosso país ainda há uma alta incidência de cesariana.
Mais da autora: Sequenciamento genético pode evitar aborto de repetição?
Autor:
Graduada em Medicina pela Universidade Estácio de Sá/RJ ⦁ Pós-graduada em Saúde da Família pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) ⦁ Residência em Ginecologia e Obstetrícia na UERJ ⦁ Pós-graduada em Reprodução Humana na UNIGRANRIO • Residência em Reprodução Humana no Hospital Pérola Byington • Aperfeiçoamento em Reprodução Humana no Humanitas Research Hospital (Itália)
Referência bibliográfica:
- Vaginal Birth and Breastfeeding Linked to Less Allergy – Medscape – Nov 12, 2019.