Poliomielite: novos casos são diagnosticados em 2022

Entre os dias 8 de agosto e 9 de setembro de 2022, o Ministério da Saúde realiza a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite.

Recentemente, foi diagnosticado em Israel um caso de Poliomielite em uma criança de 3 anos sem cobertura vacinal para a doença. O caso foi o primeiro no país, após 30 anos da última notificação em 1989. A criança apresentou teste positivo para poliovírus tipo 3 nas fezes e desenvolveu paralisia flácida aguda.

Poliomielite novos casos são diagnosticados em 2022

Pólio

A Poliomielite ou também conhecida como Paralisia Infantil é uma doença infectocontagiosa, altamente transmissível, provocada pelo pelo poliovírus selvagem. O principal reservatório do vírus é o ser humano, em especial as crianças, e podem atingir potencialmente o sistema nervoso. As manifestações clínicas irão variar de acordo com a área acometida do sistema nervoso, desde de casos assintomáticos até paralisia grave e morte.

Leia também: Pólio: Campanha nacional em vigor visa aumentar cobertura vacinal de crianças e adolescentes

Em 90% das infecções pelo poliovírus, a manifestação clínica será inaparente ou assintomática, sendo o agente etiológico identificado apenas em exames laboratoriais. Uma pequena parcela de 5% de infecções desenvolverá sintomas inespecíficos como febre, cefaleia, tosse, coriza, vômito, dor abdominal e diarreia, podendo evoluir ou não para sinais de irritação meníngea (Kernig e Brudzinski positivos) e rigidez de nuca.

A forma paralítica da doença será apresentada por 1 a 2% dos casos de infecção pelo poliovírus. A manifestação clínica da doença é a instalação súbita de um quadro de paralisia flácida aguda assimétrica, que acomete principalmente a musculatura dos membros inferiores com consequente déficit motor. Febre, flacidez muscular, redução ou ausência dos reflexos profundos da área acometida também podem estar presentes, com preservação da sensibilidade. Mesmo após a resolução do quadro, ainda poderá haver a persistência de paralisia residual.

A transmissão do vírus ocorre através do contato direto com a pessoa contaminada ou por meio de gotículas de secreções ao falar, tossir ou espirrar. De maneira mais, a transmissão também ocorre através do contato com objetos, alimentos ou água contaminados com fezes de doentes ou portadores. Dessa maneira, más condições higiênicas e saneamento básico são fatores que facilitam a transmissão do vírus.

Não há tratamento específico para Poliomielite, o manejo clínico se baseia na hospitalização e no tratamento de suporte para cada caso. Todo caso de Paralisia Flácida Aguda/Poliomielite deve ser notificado na esfera local da Secretaria Municipal de Saúde.

Saiba mais: Poliomelite ressurge nos Estados Unidos após quase dez anos

Vacina

A principal medida de prevenção da doença é a vacinação através da vacina inativada de poliomielite, que deve ser realizada em 3 doses, aos 2, 4 6 meses de vida, respeitando um intervalo de 60 dias entre as doses. As doses de reforço da vacina deve  ocorrer aos 15 meses e 4 anos.

Com a cobertura vacinal extensa, a poliomielite foi eliminada mundialmente por várias décadas, com exceção dos países Afeganistão e Paquistão que ainda continuaram apresentando casos. Nesses dois países, foram registrados um total de 376 casos de poliovírus selvagem, durante o período de 2017 a 2021.

Entre os dias 8 de agosto e 9 de setembro de 2022, o Ministério da Saúde estará realizando a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e da Campanha Nacional de Multivacinação, para vacinação contra poliomielite de todas as crianças com idade até 5 anos. Para atualização das demais vacinas, o foco será a faixa etária de até 15 anos.

Para saber mais sobre Poliomielite acesso o aplicativo Nursebook.

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Referências bibliográficas: Ícone de seta para baixo
  • Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância em Saúde [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde. – 5. ed. – Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2021.
  • Lima EJF, et al. Risco de poliomielite e sarampo, em um cenário de baixas coberturas vacinais no país. Departamentos Científicos de Imunizações • Sociedade Brasileira de Pediatria. Nota de Alerta, n°21, março, 2022.
  • Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico 07, vol 53, fev 2022.

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