Quais comportamentos melhoram a assistência no parto?

Diversas sociedades na área da saúde vêm demonstrando a importância de promovermos uma boa assistência no parto às grávidas.

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.

Nos últimos anos, as mais diversas sociedades na área da saúde vêm demonstrando a importância de promovermos uma boa assistência às grávidas, principalmente durante o parto. Além de boa qualidade técnica, é fundamental que os profissionais de saúde colaborem para que a gestante se sinta acolhida e protagonista da situação. O momento do parto será algo lembrado pelo resto de suas vidas e o modo como a equipe age influencia se essa será uma boa experiência ou não.

Esse assunto foi comentado no British Journal of Medicine no começo desse mês, já que os novos manuais práticos que orientam o parto estão cada vez mais batendo nessa tecla. Os autores deram algumas dicas de como promover uma melhor experiência a essas mulheres, após receberem sugestões pelo Facebook em grupos de troca de experiências maternas. São elas:

1 – Refira-se à mulher pelo seu nome. Evite expressões como “a nulípara do leito 5”, “a que rompeu a bolsa em casa”, “a da pré-eclampsia”. Trate-as pelo nome, cada uma tem sua identidade e chama-las pelo nome mostra que essas mulheres são protagonistas do seu parto.

2 – Evite termos técnicos durante o parto. Se entre os profissionais é comum utilizarmos termos técnicos e siglas, na presença da parturiente utilize expressões que ela também entenda. O uso de termos técnicos de difícil entendimento pode preocupar a mulher e fazer com que ela se sinta apenas uma coadjuvante, que teria como protagonista o profissional de saúde. “A paciente do leito 2 está com 5 cm” pode ser trocado por “’Maria’ está com 5 cm de dilatação do cólo”.

3 – Quem decide a conduta é a paciente. Ainda durante o pré-natal, a gestante deve ser informada sobre os tipos de parto, os riscos de cada um, o que pode ser feito para facilitar o parto normal e como será o pós-operatório. A decisão sobre o tipo de parto deve ser da gestante. O profissional está lá para orientá-la e dar suporte. Durante o parto esse comportamento deve se repetir. A paciente deve ser informada de cada passo a ser realizado e ser questionada se concorda com isso. Expressões como “você terá que fazer uma cesária” pode ser substituída por “achamos que evoluir para uma cesárea será melhor, você concorda com isso?”.

Leia também: ‘Ministério da Saúde lança diretrizes de assistência ao parto normal’

4 – Algumas expressões podem preocupar a paciente. O modo de se referir aos eventos do parto faz toda a diferença. Parto “difícil” pode ser trocado por “demorado”, “pariu” por “deu a luz”, pré-natal “difícil” por “com algumas dificuldades”.

Essas orientações podem ajudar a equipe a trabalhar com a ideia de que a gestante é a personagem principal. Sua opinião deve ser respeitada e orientações bem feitas ajudam equipe e paciente a trabalharem juntos numa melhor experiência.

Tire suas dúvidas médicas de forma prática na hora da tomada de decisão. Baixe o Whitebook.

Referências:

  • Humanising birth: Does the language we use matter? – BMJ – 8 de fevereiro de 2018

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo

Selecione o motivo:
Errado
Incompleto
Desatualizado
Confuso
Outros

Sucesso!

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo.

Você avaliou esse artigo

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Baixe o Whitebook Tenha o melhor suporte
na sua tomada de decisão.

Tags