Qual o melhor tratamento para instabilidade da articulação esternoclavicular?

Estudo procurou preencher o vazio de conhecimento sobre a melhor forma de tratar a instabilidade da articulação esternoclavicular.

A articulação esternoclavicular (AEC) é uma das mais estáveis do corpo humano, correspondendo a 1% de todas as luxações e 3% das do membro superior. A instabilidade posterior requer tratamento de urgência pela possibilidade de dano a estruturas cardiopulmonares, enquanto a anterior não causa efeitos críticos locais, mas pode limitar atividade de membros superiores se não tratada corretamente.

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Entretanto, não há consenso sobre o tratamento da instabilidade anterior crônica dessa articulação, podendo ser considerado negligenciar a patologia, tratar com fisioterapia isolada, fisioterapia com cirurgia ou partir-se diretamente para o procedimento cirúrgico. Nenhum estudo publicado relata o resultado dos pacientes com instabilidade crônica anterior tratada com um algoritmo de gestão, estratificado por etiologia. Consequentemente, é difícil aconselhar os pacientes e orientar tomando uma decisão entre medidas não operatórias e operatórias.

Qual o melhor tratamento para instabilidade da articulação esternoclavicular

O Estudo

Foi publicado esse mês na revista Bone and Joint Open um estudo com o objetivo de preencher esse gap analisando os resultados a médio-prazo desse modelo de tratamento em uma coorte. Pacientes com instabilidade crônica anterior da AEC tratados entre abril de 2007 e abril de 2019 em um Hospital de Leicester com um algoritmo de tratamento padronizado foram divididos em grupo não traumático (oferecido fisioterapia) e grupo traumático (cirurgia oferecida) e avaliados na alta.

Subsequentemente, os resultados de médio prazo foram avaliados por meio de um questionário postal com um escore de estabilidade subjetiva da AEC, Oxford Shoulder Instability Score (OSIS, adaptado para a AEC) e escala visual analógica da dor (EVA), com análise com base por intenção de tratar. Um total de 47 pacientes (50 AEC, três bilaterais) responderam por uma taxa de retorno de 75%. Destes, 31 AEC foram tratados com fisioterapia e 19 com cirurgia.

No geral, 96% (48/50) alcançaram uma AEC estável, com 60% (30/50) alcançando função irrestrita. Em termos de resultados, 82% (41/50) registrou pontuação boa para excelente no OSIS (84% (26/31) fisioterapia, 79% (15/19) cirurgia) e 76% (38/50) relataram baixos escores EVA de dor no seguimento final.

Complicações da coorte cirúrgica total incluíram uma taxa de revisão de 19% (5/27), 11% (3/27) de ombro congelado, e sensibilidade cicatricial de 4% (1/27).

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Conclusão

O estudo enfatiza a importância de seleção adequada de pacientes para fisioterapia ou cirurgia, com base na história de trauma. Todos, exceto dois pacientes, alcançaram uma AEC estável, com estabilidade mantida em uma média de 70 meses (11 a 116) para o grupo de fisioterapia e 87 meses (6 a 144) para a cirurgia grupo.

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Referências bibliográficas: Ícone de seta para baixo
  • Athanatos L, Kulkarni K, Tunnicliffe H, Samaras M, Singh HP, Armstrong AL. Midterm results of chronic anterior instability of the sternoclavicular joint managed using a standardized treatment algorithm. Bone Jt Open. 2022 Oct;3(10):815-825. DOI: 10.1302/2633-1462.310.BJO-2022-0088.

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