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Calor, sol, umidade e passeios em ambientes cheios como praias e parques são situações que favorecem o surgimento de várias doenças de pele, como micoses, infecções bacterianas e dermatites de contato. Como parte do nosso especial de verão, separamos as principais queixas dermatológicas no verão e como podemos evitá-las.
São infeções fúngicas da pele e caracterizam-se por placas anulares de borda elevada ou por alterações pigmentares no caso da ptiríase versicolor (uma micose mais superficial). Eritema, descamação e coceira são comumente descritos. Os antifúngicos tópicos são eficazes, porém em casos extensos e refratários medicações orais devem ser associadas.
Uma medida preventiva importante no verão é evitar permanecer com o corpo molhado muito tempo, principalmente em área de dobras.
Popularmente conhecido como bicho geográfico, a larva migrans é causada pela penetração na pele de larvas encontradas em fezes de gatos e cachorros infectados, o que gera uma clássica lesão linear e serpiginosa, muito pruriginosa. A ivermectina oral é o tratamento de escolha e é superior à medicação tópica.
Evitar o contato direto com a areia em praias através do uso de calçados ou esteiras de praia são medidas simples, porém relevantes.
É uma infestação cutânea decorrente da pemetração da pulga tunga penetrans, gerando uma papúla amarelada com centro enegrecido, assintomática ou pruriginosa. Em casos com poucas lesões a enucleação pode ser realizada; em quadros extensos a ivermectina ou tiabendazol oral são o tratamento de escolha.
Pode ser prevenida da mesma forma que a larva migrans.
É a inflamação dos folículos pilosos e apresenta-se como pápulas eritematosas ou pústulas perifoliculares. Infecções bacterianas ou fúngicas são as causas mais comuns, sendo o Staphylococcus aureus o patógeno bacteriano mais encontrado. Ocorrem após exposição à agua, uso incorreto de lâminas de barbear e uso de roupas muito apertadas. O tratamento pode ser tópico (mupirocina, ácido fusídico ou peróxido de benzoíla).
Em casos refratários, cefalosporinas ou ciclinas orais podem ser considerados.
É uma infecção bacteriana ainda mais comum nos meses quentes e úmidos, e é causada por estafilococos ou estreptococos. Embora possa acometer indivíduos de todas as faixas etárias, afeta principalmente crianças e costuma aparecer próximo à boca e ao nariz. O tratamento tópico com mupirocina ou ácido fusídico é muito eficaz. Antibióticos sistêmicos podem ser necessários em casos extensos.
Decorre da obstrução dos ductos das glândulas sudoríparas e caracteriza-se pelo surgimento de pápulas ou vesículas puntiformes após uma exposição solar ou períodos de calor intenso. Para alívio do prurido pode ser prescrito corticoide tópico ou talco líquido, e a fotoproteção adequada e a ventilação adequada de ambientes evitam seu surgimento.
Acomete pessoas de diferentes fototipos, basta a exposição solar com proteção inadequada. Manifesta-se por ardência e eritema (primeiro grau); dor, edema e bolhas (segundo grau) ou bolhas profundas e indolores (terceiro grau). A hidratação oral e/ou intravenosa é a parte mais importante do tratamento.
Em praias, é recomendado utilizar protetor solar de FPS superior a 50 e reaplicá-lo a cada 2 horas.
São reações na pele não alérgicas (fototoxicidade) ou alérgicas (fotoalergia). O quadro clínico é eczematoso: ocorre eritema, edema vesículas e até bolhas. Podem ser induzidas por cosméticos, frutas cítricas, medicações tópicas ou sistêmicas (ciclinas, fenotiazinas, anti-hipertensivos do grupo iECA, anti-inflamatórios não esteroidais e tiazidas).
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