*Este conteúdo foi produzido em parceria com a colunista Mariana Marins.
Hoje, 14 de novembro celebramos o Dia Mundial do Diabetes, data criada em 1991 pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) em conjunto com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cujo objetivo era a conscientização populacional sobre os efeitos do diabetes na saúde e na mortalidade dos portadores.
O tema central em comemoração desse dia neste ano faz uma homenagem aos enfermeiros, reconhecendo seu importante papel nos cuidados e na educação da condição de vida do paciente diabético. O tema deste ano é “Enfermeiros Fazem a Diferença”.
O diabetes é uma doença crônica na qual o organismo produz de maneira insuficiente ou não é capaz de absorver a insulina, cuja função é quebrar as moléculas de glicose para transformá-las em energia.
O tratamento do diabetes envolve alterações no estilo de vida, atividades físicas e alimentação, o uso de medicamentos pode ser necessário. Dentre eles, temos a insulina injetável, hipoglicemiantes orais dentre outros fármacos, além é claro do monitoramento da glicemia para prevenir complicações.
Diabetes gestacional
O diabetes mellitus gestacional (DMG) é definido como aumento dos níveis de glicose sanguínea e é normalmente diagnosticado na gravidez em torno de 28 semanas. Ocorre a resistência à insulina devido aos aumentos hormonais e também a não resposta do organismo ao aumento das necessidades de insulina.
O metabolismo dos carboidratos também altera as necessidades de insulina. O feto pode produzir sua própria insulina, de modo que a secretará para combater o açúcar no sangue que é passado pela mãe através da placenta.
Isso pode tornar a mãe hipoglicêmica, pois o bebê produz sua própria insulina, mas precisa da glicose da mãe para metabolizá-la o que pode torná-la mais propensa a ter hipoglicemia.
Considerando os riscos para a mãe e o bebê, é importante que as equipes que acompanham o pré-natal tenham um olhar cuidadoso com essa mulher. Nesse sentido a anamnese durante a primeira consulta e a avaliação de risco gestacional, a cada consulta, são indispensáveis. Alguns exemplos de fatores de risco para diabetes gestacional são:
- Gestantes com idade superior a 35 anos ou de baixa estatura (menor de 1,50m);
- História pessoal anterior de DMG ou alterações metabólicas (Síndrome do ovário policístico, hipertrigliceridemia, acantose nigricans, doença cardiovascular metabólica);
- Obesidade/sobrepeso/ganho excessivo de peso entre as consultas;
- História familiar (pai ou mãe) de diabetes;
- Antecedentes obstétricos de pré-eclampsia ou hipertensão na gravidez atual;
- Crescimento fetal em excesso ou polidrâmnio ou história anterior de morte fetal ou neonatal, ou de macrossomia (peso ≥ 4,0 kg)
É importante destacar que, durante o acompanhamento pré-natal, é necessário a solicitação de exames laboratoriais. Dentre os exames, a glicemia em jejum é solicitada na primeira consulta. Caso a gestante apresente glicemia de 92mg/dL até 125mg/dL considera-se DMG e é solicitado o teste oral de tolerância a glicose (TOTG). Em mulheres com glicemia abaixo de 92mg/dL, na primeira consulta, solicita-se o TOTG somente com idade gestacional (IG) de 24 a 28 semanas, para nova investigação. Com o monitoramento adequado é possível prevenir a DMG e suas complicações. Caso a diabetes não seja evitada, é necessário o encaminhamento ao pré-natal de alto risco e o monitoramento regular da glicemia, junto ao tratamento proposto (alimentar/medicamentoso).
Agora te convido a responder este quiz relacionado a diabetes gestacional.
Quiz
Quiz PEBMED |
Autoras:
Mariana Marins
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