Residência médica: como decidir pelo melhor lugar?

Fazer residência médica de qualidade é o sonho de boa parte dos médicos que se formam. Mas qual é a melhor opção a seguir e qual melhor lugar? Veja dicas a seguir:

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.

Fazer uma residência médica de qualidade é o sonho de boa parte dos médicos que se formam. Passamos os últimos anos de faculdade quase que respirando a tão temida prova e quando a aprovação chega é um misto de felicidade e alívio. Algumas pessoas acabam caindo em um das dúvidas mais maravilhosas que existem: “Passei para mais de uma residência, para onde vou?”

Tomar esta decisão não é tarefa fácil e depende de uma balança de fatores. Foi exatamente o que fiz  quando estava em dúvida entre fazer Clínica Médica na UFF ou na UERJ. Joguei no papel todos os prós e contras de cada local para tomar minha decisão da forma mais fundamentada possível, torcendo para não me arrepender depois. Caso você esteja neste dilema, ou se não sabe ainda para quais lugares prestar provas, vem comigo!

Vou compartilhar uma lista de pontos que cabem nesta balança da decisão:

residencia médica

1. Priorize fazer a residência no local onde queira criar raízes

Lembro de ter recebido esta dica de alguns médicos mais experientes na medicina. Muita gente muda de estado/cidade em busca de um hospital melhor. São Paulo, por exemplo, tem sido um dos locais mais concorridos pela qualidade das residências que oferece. Porém, se você pretende continuar  no seu local de origem, vale a pena pesar a questão de onde pretende seguir carreira. Durante a residência, você acaba criando seu networking e muitas oportunidades se abrem neste período, inclusive vagas de mestrado, empregos em hospitais, até mesmo em equipes de médicos reconhecidos. Então, vale pesar onde você quer colocar suas raízes na hora de tomar a decisão.

2. Conheça o dia a dia dos residentes nos hospitais

Assim que passei nas residências que queria, fui conhecer meus possíveis locais de trabalho. A decisão era muito séria para ser tomada baseada apenas no que eu tinha ouvido falarem. Nessas visitas, pude ver a infraestrutura dos serviços e ouvir depoimentos dos residentes que trabalhavam nestes locais. Foi sem dúvidas uma ótima experiência para fundamentar a minha decisão.

CRM na mão: dicas para não queimar a largada

3. Considere a carga horária teórica do programa que escolher

Um bom residente quer colocar a mão na massa logo. Porém, não podemos perder de vista a necessidade do embasamento teórico em nossa formação. Quando nos formamos e caímos no mercado de trabalho, bate uma certa saudade das discussões clínicas da época do internato. A residência médica é um bom momento para instituirmos o estudo diário de artigos científicos em nossa rotina. Escolher um local que esteja cercado de pessoas que incentivem sua vida acadêmica pode contribuir para que você seja um profissional melhor formado.

4. More perto da sua residência

Durante a faculdade, eu morei em uma cidade vizinha nos dois primeiros anos e pegava em torno de três horas de trânsito todos os dias. Eu tinha certeza que durante a residência, período em que temos ainda menos tempo livre na vida, eu não queria voltar à rotina de engarrafamentos. Se passasse para outra cidade, cogitaria me mudar. Acabei ficando na UFF mesmo e moro em Niterói. Vou trabalhar todo dia de bicicleta e tenho tempo livre para praticar atividades físicas quando chego em casa, após o expediente. Aquelas três horas de trânsito da época da faculdade são muito bem aplicadas com atividades de lazer na minha rotina na residência.

5. Converse com pessoas que façam residência ou já tenham se formado no local para o qual você pretende ir

Ouvir as vivências de um bom número de pessoas é um  começo importante para chegar às suas próprias conclusões. Gosto sempre de lembrar que somos seres únicos, cada um com sua história e a escolha de melhor lugar é muito individual, dependendo de fatores como nosso contexto familiar e sonhos de carreira.  Por isso, devemos pesar com cautela nossas opções.

Iremos começar, aqui no portal da PEBMED uma série de postagens com nossos colunistas e parceiros a respeito dos locais onde fazem/fizeram suas residências e seus prós e contras. Espero que possamos de alguma forma contribuir para essa tomada de decisão tão importante na vida de vocês.

Vida de recém formado: estratégias de sobrevivência

Para introduzir a nossa série, vamos entrevistar a Dra Luiza Vetorazzo, que ainda nem começou a residência, mas acabou de tomar uma decisão importante em sua carreira:  Residência Anestesiologia no Hospital Israelita Albert Einstein ou no Hospital Sirio-Libanês? Luiza passou para anestesiologia nestes dois grandes hospitais e, no podcast que sairá na próxima semana, ela vai compartilhar conosco sua experiência pessoal na hora da decisão. Não perca!

Estarei disponível para dúvidas a respeito das escolhas na Residência aqui no Portal PEBMED, em nossa página no Facebook ou em meu instagram @dayquintan. Te aguardo por lá!

É médico e também quer ser colunista do Portal da PEBMED? Inscreva-se aqui!

 

 

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo

Selecione o motivo:
Errado
Incompleto
Desatualizado
Confuso
Outros

Sucesso!

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo.

Você avaliou esse artigo

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Baixe o Whitebook Tenha o melhor suporte
na sua tomada de decisão.