Super Centro de Vacinação pode atender até 600 pessoas por dia

A unidade está instalada no prédio histórico ao lado do Hospital Municipal Rocha Maia, que servia de almoxarifado e foi restaurado.

A prefeitura do Rio de Janeiro inaugurou, no dia 28 de janeiro, o  Super Centro Carioca de Vacinação (SCCV).  No local, que possui capacidade para atender até 600 pessoas por dia, serão oferecidos todos os imunizantes especiais assegurados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), das 8h às 22h. A unidade está instalada no prédio histórico ao lado do Hospital Municipal Rocha Maia, que servia de almoxarifado e foi restaurado. 

criança sendo vacinada com vacina contra covid da pfizer

Abordagens do centro de saúde pública 

De acordo com o então secretário municipal de saúde, Daniel Soranz, a nova unidade amplia o acesso à vacinação, beneficiando a população. Ele disse que, além de acompanhar o calendário geral de vacinação, o lugar estará preparado para atender casos específicos, como pacientes esplenectomizados (que retiraram totalmente ou parcialmente o baço) e pacientes alérgicos a algum componente vacinal. 

O SCCV vai absorver também o Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais Myrtes Amorelli Gonzaga (CRIE), voltado para o atendimento de pacientes com necessidades clínicas específicas. 

Mais duas unidades similares ainda serão estruturadas pelo município. Uma delas ficará dentro da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Manguinhos, na zona norte da capital fluminense. A outra, que deve ser inaugurada em janeiro de 2024, funcionará na Policlínica Manoel Guilherme da Silveira Filho, em Bangu, na zona oeste. 

O serviço de imunização continuará funcionando nas clínicas da família e nos postos de saúde do município. Nestes locais, os atendimentos ocorrem de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e aos sábados até o meio-dia.  

Restauração de prédio histórico 

O Super Centro Carioca de Vacinação foi estruturado em um edifício histórico no bairro de Botafogo, na zona sul da cidade, inaugurado em 1905. O autor do projeto arquitetônico foi Luiz Moraes Júnior, também responsável pelo Castelo Mourisco da Fiocruz.  

Idealizado pelo sanitarista Oswaldo Cruz, o edifício desempenhou um papel importante em campanhas de vacinação contra a varíola e a febre amarela. Também abrigava um desinfectório, voltado para o isolamento de pacientes com peste bubônica e com outras enfermidades contagiosas, os quais deviam cumprir normas rígidas de higienização pessoal e de objetos pessoais. Os métodos de Oswaldo Cruz, considerados drásticos por outros médicos da época, trouxeram resultados positivos para o combate à peste bubônica, à varíola e à febre amarela na cidade do Rio de Janeiro.

Leia também: OMS divulga recomendações para calendário de vacinação contra HPV

Movimento de vacinação

Em seu discurso, Padilha disse que será iniciado a partir de fevereiro não uma campanha, mas um movimento de vacinação. “O Zé Gotinha voltou e o Brasil vai voltar a ser referência”.  

Conforme Soranz, um dos principais esforços deve ser voltado para o cumprimento do calendário infantil. Ele citou preocupações com a queda na cobertura vacinal de poliomielite . 

“Uma reintrodução pode causar muitos danos. É uma doença que causa sequelas irreversíveis. Então insistimos que os pais se vacinem contra a poliomielite. E também contra outras doenças como rubéola e caxumba. São doenças que a gente já não via há muito tempo e voltaram a circular no mundo devido aos movimentos antivacinas”, disse Soranz.

*Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal PEBMED.

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