O reparo das lesões do tendão de Aquiles é classicamente realizado com sutura utilizando fios inabsorvíveis, entretanto o uso de suturas absorvíveis vem sendo descrito em alguns estudos. Um ensaio clínico randomizado comparando as duas estratégias cirúrgicas foi publicado em agosto de 2022 na revista científica The Journal of Bone and Joint Surgery.
Métodos
Um total de 40 pacientes foram aleatoriamente alocados em dois grupos incluindo o reparo com sutura utilizando fio composto por poliglactina absorvível trançada ou sutura de tereftalato de polietileno não absorvível trançada (poliéster). A lesão foi então reparada pelo método de sutura de Krackow. Aos três e seis meses após a cirurgia, a força muscular isocinética da flexão plantar do tornozelo foi medida usando um dinamômetro. Aos seis e 12 meses após a cirurgia, os resultados relatados pelo paciente foram medidos usando a escala de pontuação total de ruptura do tendão de Aquiles (ATRS), escala visual analógica para dor (dor EVA) e o questionário de saúde de cinco dimensões EuroQoL (EQ-5D).
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Resultados
No total, 37 pacientes completaram 12 meses de acompanhamento. Nenhuma diferença foi observada entre os dois grupos em termos de força isocinética de flexão plantar, ATRS, dor VAS ou EQ-5D. Nenhuma rerruptura foi observada em nenhum dos grupos.
O estudo sugere que o uso de fios absorvíveis para reparo da lesão aguda do tendão de Aquiles não foi inferior ao resultado obtido com o uso de fios inabsorvíveis. Esse achado sugere que suturas absorvíveis podem ser consideradas para o reparo de destas lesões.
19 mar. 2024 
2 min. 
