Teste de tuberculose para pessoas com quadro grave de HIV/Aids

Segundo o Ministério da Saúde, 78 mil pessoas ficaram tiveram tuberculose no país em 2022, aproximadamente 5% de aumento em relação a 2021.

No mês de março, o Ministério da Saúde enviou 13,9 mil testes LF-FAM (Fluxo lateral para detecção de lipoarabinomanano em urina) para identificação de tuberculose em pessoas com HIV/aids. Segundo a OMS, estima-se que até 10% da população mundial irá desenvolver tuberculose no decorrer da vida, mas para quem vive com HIV/aids essa chance é de 15 a 21 vezes maior.

Saiba mais: OMS: Pessoas com HIV têm quase 30 vezes mais chances desenvolver tuberculose

Teste de tuberculose para pessoas com quadro grave de HIV/Aids

Teste de tuberculose para pessoas com quadro grave de HIV/Aids

LF-FAM 

“A grande vantagem do LF-LAM em relação a outros é sua realização em amostras de urina. Em indivíduos com tuberculose grave, muitas vezes não é possível a obtenção de uma amostra respiratória satisfatória, impossibilitando o uso de outros métodos, como BAAR ou testes rápidos moleculares Xpert MTB/RIF e Xpert MTB/RIF Ultra. Dessa forma, a disponibilidade do LF-LAM pode aumentar a capacidade diagnóstica, com vantagens tanto em termos de início precoce de tratamento quanto em evitar tratamentos empíricos.”, declarou a infectologista e colaboradora do portal PEBMED, Dra. Isabel Cristina Melo Mendes. 

A indicação do LF-FAM é para população com grave comprometimento imunológico. Segundo a médica do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas/FIOCRUZ, Dra. Raíssa Perlingeiro, em entrevista para o portal PEBMED, “Ele deve ser usado em casos suspeitos de tuberculose em PVHIV com imunodepressão avançada (CD4 ≤ 100 células/µL), pois é justamente nessa população que os estudos mostraram maior sensibilidade e especificidade do teste (respectivamente 55,4 e 87%).”.  

Leia também: O M. tuberculosis, a coloração de Ziehl-Neelsen e a interpretação do BAAR

Campanha nacional  

O investimento nos testes rápidos faz parte da Campanha Nacional de Combate à Tuberculose, cujo objetivo é a eliminação da doença no Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, 78 mil pessoas ficaram doentes por causa da tuberculose no país em 2022, um aumento de aproximadamente 5% em comparação com 2021. 

O Ministério da Saúde, nesta primeira etapa, busca atender populações prioritárias e vulneráveis, como as pessoas vivendo com HIV/aids. Segundo a Dra. Raíssa: “essa população específica é justamente a que necessita de uma rápida definição sobre o diagnóstico de tuberculose, visto que a morbimortalidade associada à essa doença é elevada para esses indivíduos.” 

Para Dra. Isabel: “a incorporação desse teste ao Sistema Único de Saúde pode auxiliar no tratamento desses indivíduos em tempo oportuno e na interrupção da cadeia de transmissão na comunidade.” 

*Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal PEBMED. 

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