Tuberculose: Brasil registra 78 mil novos casos, um aumento de quase 5%

Segundo o Ministério da Saúde, 48% das famílias brasileiras afetadas pela tuberculose apresentam gastos com a doença acima de 20% da renda.

O Brasil registrou 78 mil novos casos de tuberculose no final de dezembro do ano passado, um aumento de 4,9% em relação a 2021, segundo dados divulgados pelo. Ministério da Saúde. Os estados do Amazonas, Rio de Janeiro e Roraima registraram, respectivamente, 84,1, 75,9 e 68,6 casos da doença para cada grupo de 100 mil habitantes.  

A pesquisa indica ainda que, em 2021, o país registrou um recorde de óbitos pela enfermidade: 5 mil no total, maior número identificado nos últimos dez anos. Atualmente, a tuberculose é a segunda doença infecciosa que mais mata no mundo, atrás apenas da covid-19, além de ser a principal causa de óbito entre indivíduos que vivem com HIV e Aids. 

Saiba mais: OMS: Pessoas com HIV têm quase 30 vezes mais chances desenvolver tuberculose

Conforme levantamento do Ministério da Saúde, homens de 20 a 64 anos apresentam risco três vezes maior de contrair a tuberculose do que mulheres na mesma faixa etária. Ademais, o país contabilizou no ano passado 2,7 mil casos em menores de 15 anos, sendo que crianças de até quatro anos respondem por 37% dessas notificações. 

Vale lembrar que a tuberculose tem prevenção, tratamento e cura, e atinge preferencialmente as populações mais vulneráveis, como indivíduos em situação de rua, comunidades indígenas, refugiados, os que vivem com HIV e Aids e os que estão presos.  

Os números revelados pela pasta mostram que 48% das famílias brasileiras afetadas direta ou indiretamente pela tuberculose apresentam gastos com a doença que comprometem acima de 20% da renda.  

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Implantação de medicamentos BPaLM contra a tuberculose

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou a ampliação da principal iniciativa sobre a enfermidade, que apoia o progresso acelerado para acabar com a tuberculose e alcançar a cobertura universal de saúde até 2030. 

Como parte dessa iniciativa, a OPAS e a OMS solicitaram aos governantes para acelerar a implantação rápida do regime de medicamentos BPaLM/BPaL (bedaquilina, pretomanida, linezolida e moxifloxacina), que possuem o potencial de aumentar significativamente as taxas de cura por causa da sua eficácia, menor custo e melhor impacto na qualidade de vida dos pacientes.  

Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal PEBMED. 

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