Em homenagem ao Dia Internacional de Enfermagem, realizado no dia 12 de maio, a Maurício de Sousa Produções transformou as personagens Mônica e Magali em Ana Néri e Florence Nightingale, respectivamente, duas pioneiras da enfermagem.
As enfermeiras se juntaram a uma grande lista de mulheres que marcaram a história e integram o projeto Donas da Rua da História, da Turma da Mônica, como a epidemiologista Celina Turchi e a infectologista Ho Yeh Li.
O projeto conta com a parceria da ONU Mulheres, o braço das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres.
Florence Nightingale
Nascida há 200 anos, a britânica Florence Nightingale é conhecida como a fundadora da enfermagem moderna.
Sua abordagem para os cuidados de soldados feridos e treinamento de enfermeiras no século 19 salvou e melhorou a qualidade de vida de incontáveis pessoas. E as suas ideias sobre como se manter saudável se mantém atuais, como lavar as mãos, hábito fundamental para conter a pandemia do novo coronavírus.
Durante e depois da Guerra da Crimeia, ela utilizou a estatística para provar a eficácia de diferentes intervenções, produzindo diagramas que demonstravam a alta proporção de óbitos de soldados causada por doença, em vez de feridas de batalhas, e se tornou a primeira mulher aceita na Sociedade de Estatística de Londres em 1858.
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Florence escreveu Notas sobre Enfermagem, que aborda os princípios e elementos essenciais da enfermagem moderna, como a administração de medicamentos, compromissos com horários, limpeza do ambiente, a exigência do silêncio na sala de reabilitação dos pacientes, etc.
Ana Néri
Ana Néri é considerada heroína brasileira, homenageada em todas as escolas de enfermagem do país por prestar serviços voluntários nos hospitais militares de Assunção, Corrientes e Humaitá, durante a Guerra do Paraguai (1864 -1870).
Apesar da falta de condições e materiais, pouca higiene e excesso de pacientes, Ana Néri é reconhecida pela sua dedicação ao trabalho como enfermeira, por todos os hospitais onde atuou.
Com seus próprios recursos, montou uma enfermaria-modelo na cidade de Assunção, capital paraguaia, sitiada pelo exército brasileiro. Seus feitos renderam homenagens e a tornaram madrinha da enfermagem no Brasil. Em uma delas, em 1919, da Liga das Sociedades da Cruz Vermelha, em Paris, foi reconhecida como pioneira da enfermagem e precursora da Cruz Vermelha no país.
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Homenagem
Para Mônica Sousa, diretora executiva da Maurício de Sousa Produções e criadora do projeto Donas da Rua, é preciso evidenciar sempre esses grandes nomes da saúde, principalmente neste momento de pandemia de Covid-19.
“São as mulheres que estão na linha de frente nos hospitais que motivarão as futuras profissionais da área de saúde”, ressalta a executiva.
No Brasil, elas respondem por 84,6% da equipe de enfermagem, segundo dados da Pesquisa Perfil da Enfermagem, realizada pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
De acordo com dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), elas também são a principal força de trabalho da área de saúde, respondendo por 65% dos mais de seis milhões de profissionais que atuam no setor público e particular.
Referências bibliográficas:
- http://turmadamonica.uol.com.br/donasdarua/ddr-da-historia.php
- http://turmadamonica.uol.com.br/donasdarua/projeto.php
- https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/Historia/noticia/2020/04/florence-nightingale-como-ela-revolucionou-nossos-habitos-de-higiene.html
- https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2020/05/anna-nery-grande-simbolo-da-enfermagem-brasileira-morreu-ha-120-anos.shtml