Um oftalmologista pode diagnosticar alzheimer antes dos sintomas?

Um estudo recente comparou a microvasculatura retiniana no plexo capilar superficial na doença de alzheimer. Confira os resultados:

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.

Apesar de serem observadas alterações de pequenos vasos cerebrais na doença de alzheimer, a microcirculação cerebral é muito difícil de ser acessada diretamente in vivo. Como a retina e o cérebro têm origem embriológica similar, os vasos retinianos poderiam oferecer uma “janela”para estudar a correlação e as consequências da doença de pequenos vasos cerebrais.

Um estudo foi publicado online na Ophthalmology Retina em 11 de março de 2019 com o objetivo de avaliar e comparar a microvasculatura retiniana no plexo capilar superficial na doença de alzheimer, na deficiência cognitiva leve e em controles sem alterações cognitivas usando a angiografia por OCT. Foram avaliados 70 olhos de 39 participantes com doença de alzheimer, 72 olhos de 37 participantes com deficiência cognitiva leve e 254 olhos de 133 controles.

Leia maisIrisina surge como esperança no tratamento da doença de Alzheimer

Foi encontrada diminuição significativa da densidade vascular e perfusional do plexo capilar superficial comparado com o grupo dos pacientes com deficiência cognitiva leve e com o grupo dos controles. Não houve diferença significativa entre o grupo com deficiência cognitiva leve e os controles. A área de zona avascular da fóvea e a espessura central não diferiram significativamente entre os grupos.

O grupo com alzheimer apresentou diminuição significativa da camada plexiforme interna – células ganglionares, espessura menor dos setores inferior e inferonasal se comparado com o grupo com deficiência cognitiva leve e diminuição significativa da espessura de todos os setores se comparado com o grupo controle. Os participantes com deficiência leve tinham espessura da camada de fibras nervosas retiniana menor se comparados ao controle.

O artigo concluiu que as alterações da microvasculatura retiniana na doença de Alzheimer podem espelhar as alterações microvasculares cerebrais. Ainda não se conseguiu porém estabelecer critérios que pudessem ser utilizados com boa confiabilidade no diagnóstico da doença através da análise da microvasculatura retiniana. Esse seria o próximo passo para estabelecer o diagnóstico precoce não invasivo.

É médico ou enfermeiro e também quer ser colunista do Portal da PEBMED? Inscreva-se aqui!

Referências:

  • Retinal Microvascular and Neurodegenerative Changes in Alzheimer’s Disease and Mild Cognitive Impairment Compared with Control Participants Yoon, Stephen P. et al. Ophthalmology Retina , 2019.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo

Selecione o motivo:
Errado
Incompleto
Desatualizado
Confuso
Outros

Sucesso!

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo.

Você avaliou esse artigo

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Baixe o Whitebook Tenha o melhor suporte
na sua tomada de decisão.

Especialidades

Tags