Vacinação contra gripe na gravidez: Qual a recomendação?

É essencial se vacinar contra influenza durante os cuidados pré-gestacionais, pré-natais e pós-parto porque o influenza pode resultar em doença grave, progredir para pneumonia, quando ocorre durante o período pré-parto ou pós-parto. 

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É essencial se vacinar contra influenza durante os cuidados pré-gestacionais, pré-natais e pós-parto porque o influenza pode resultar em doença grave, progredir para pneumonia, quando ocorre durante o período pré-parto ou pós-parto. Além da hospitalização, as gestantes com influenza têm risco aumentado de internação na unidade de terapia intensiva e desfechos perinatais e neonatais adversos.

O Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas recomendam que todos os adultos recebam uma vacina contra influenza anual e que as mulheres que estão ou estarão grávidas durante a temporada de influenza recebam uma vacina inativada contra influenza assim que disponível. Nos Estados Unidos, a estação da gripe geralmente ocorre de outubro a maio; já no Brasil a influenza ocorre durante todo o ano, mas é mais frequente no outono e no inverno, quando as temperaturas caem, principalmente no Sul e Sudeste do País.

Vacinação contra influenza protege mãe e recém nascido

A vacinação contra influenza deve acontecer antes e durante toda a temporada de influenza e garantir proteção para o período de circulação do vírus. Qualquer uma das vacinas contra influenza inativadas, podem ser administradas com segurança durante qualquer trimestre da gravidez. Indivíduos com história de alergia ao ovo que sofreram apenas urticária após a exposição ao ovo podem receber qualquer vacina contra a gripe licenciada e recomendada para a sua idade e estado de saúde.

Um estudo recente descobriu que a taxa de anafilaxia após todas as vacinas é de 1,31 por milhão de doses de vacina administradas. Indivíduos que relatam reações ao ovo envolvendo outros sintomas além de urticária (como angioedema, desconforto respiratório, tontura ou vômitos recorrentes) ou aqueles que precisaram de epinefrina ou outra intervenção médica de emergência, também podem receber qualquer vacina contra influenza, no entanto, nesses casos, a vacina deve ser administrada em um ambiente médico de internação ou ambulatorial (incluindo, hospitais, clínicas, departamentos de saúde), e deve ser supervisionada por um profissional de saúde que seja capaz de reconhecer e manejar condições alérgicas.

Uma reação alérgica grave prévia à vacina contra influenza, independentemente do componente suspeito de ser responsável pela reação, é a única contraindicação atual para o recebimento futuro da vacina contra influenza. Também é seguro que as mulheres que amamentam recebam a vacina contra influenza se não a receberam durante a gravidez. Portanto, é extremamente importante que médicos clínicos, obstetras-ginecologistas e outros prestadores de cuidados obstétricos recomendem e advoguem pela vacina contra influenza.

O Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas (ACOG) faz as seguintes recomendações em seu boletim número 732, abril de 2018:

  • O Comitê Consultivo sobre Práticas de Imunizações e o ACOG dos Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) recomendam que todos os adultos recebam uma vacina contra influenza anual e que as mulheres que estão ou estarão grávidas durante a temporada da gripe recebam uma vacina inativada contra influenza assim que esteja disponível. Qualquer uma das vacinas contra influenza inativadas, recomendadas e adequadas à idade e licenciadas podem ser administradas com segurança durante qualquer trimestre da gravidez.
  • A imunização da influenza materna é um componente essencial do pré-natal para mulheres e seus recém-nascidos. Ginecologistas-obstetras e outros profissionais de saúde devem aconselhar as mulheres grávidas sobre a segurança e os benefícios da vacinação contra influenza para si e seus fetos e defender os benefícios da imunidade passiva da imunização materna para seus recém-nascidos.
  • Ginecologistas devem encorajar seus funcionários e colegas de trabalho a serem vacinados contra a gripe a cada temporada.
  • Indivíduos com história de alergia ao ovo que sofreram apenas urticária após a exposição ao ovo podem receber qualquer vacina contra a gripe licenciada e recomendada que seja apropriada para a sua idade e estado de saúde.
  • No caso de sintomas alérgicos mais sérios a vacina deve ser administrada em um ambiente médico de internação ou ambulatorial (incluindo hospitais, clínicas, departamentos de saúde e consultórios médicos).
  • Pacientes com doença semelhante à gripe devem ser tratados com medicação antiviral presuntivamente, independentemente do estado de vacinação. Os prestadores de cuidados de saúde não devem confiar nos resultados dos testes para iniciar o tratamento e devem tratar os pacientes presuntivamente com base na avaliação clínica.
  • Devido ao elevado potencial de morbidade, o CDC e a ACOG recomendam que a quimioprofilaxia antiviral pós-exposição (75 mg de oseltamivir uma vez por dia durante 10 dias) seja considerada para mulheres grávidas e mulheres até 2 semanas após o parto (incluindo perda de gravidez). Contato estreito com alguém susceptível de ter sido infectado com gripe, se o oseltamivir não estiver disponível, o zanamiver pode ser substituído, duas inalações uma vez por dia durante 10 dias.

Referência:

https://www.acog.org/Clinical-Guidance-and-Publications/Committee-Opinions/Committee-on-Obstetric-Practice/Influenza-Vaccination-During-Pregnancy

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