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A sequência rápida de intubação (SRI) foi originalmente descrita por anestesistas como uma forma de rápido acesso à via aérea com menor risco de aspiração. O foco era em pacientes com “estômago cheio”. Com o tempo, emergencistas e intensivistas adaptaram o protocolo para as intubações de urgência, visto que muitos pacientes não estão mesmo em jejum. Em artigos anteriores, descrevemos como é a metodologia da SRI em detalhes.
Recentemente,o NEJM publicou um ensaio clínico muito interessante. A proposta dos autores foi realizar ventilação com bolsa-máscara (o coloquial “Ambu”) após a indução (hipnótico com bloqueador) e antes da laringoscopia, comparando com grupo controle, no qual a pré-oxigenação foi feita apenas antes da indução. Vantagem: maior pré-oxigenação; desvantagem: insuflação gástrica e risco de aspiração. O estudo foi multicêntrico e recrutou 401 pacientes na terapia intensiva. A idade média dos participantes foi 60 anos e a principal doença era sepse com hipoxemia e insuficiência respiratória.
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O resultado mostrou que houve menor risco de hipoxemia, sem risco de aspiração, no grupo que recebeu ventilação com bolsa-máscara. Com isso, a proposta desse grupo é:
Claro que como todo ensaio clínico, é necessário replicar os resultados com outros estudos. Em especial, há interesse em comparar com oxigenação passiva por cateter nasal e com VNI, outros métodos usados para melhorar pré-oxigenação e tempo de apneia.
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Referências:
- CASEY, Jonathan D. et al. Bag-Mask Ventilation during Tracheal Intubation of Critically Ill Adults. The NEJM DOI: 10.1056/NEJMoa1812405