Vírus ebola ressurge na República Democrática do Congo

O vírus ebola ressurgiu na República Democrática do Congo (RDC) apenas três meses depois do país declarar o fim da última epidemia.

O vírus ebola ressurgiu na República Democrática do Congo (RDC) apenas três meses depois do país declarar o fim da última epidemia. O anúncio foi realizado à imprensa neste domingo, dia 7 de fevereiro.

O ministério da saúde do país não chegou a declarar um surto, mas disse que testes realizados em uma mulher que apresentou sintomas do vírus antes de falecer na cidade de Butembo confirmaram que ela estava sofrendo de ebola.

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Vírus ebola ressurge na República Democrática do Congo

Caso confirmado

“Temos outro episódio da doença do vírus ebola no leste na zona de saúde de Biena, em Kivu do Norte. É uma agricultora, esposa de um sobrevivente do vírus ebola, que apresentou no dia 1º de fevereiro os sinais típicos da enfermidade e que morreu dois dias depois”, disse o ministro da Saúde congolês, Eteni Longondo, ao canal estatal RTNC.

No total, a epidemia atingiu 130 pessoas, causando 55 óbitos, segundo contagem realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Este número foi muito baixo em comparação com a epidemia de febre hemorrágica anterior no leste da RDC, com mais de 2.200 óbitos de agosto de 2018 até o final de junho de 2020, a segunda maior taxa da história desde que o vírus desta doença apareceu pela primeira vez, em 1976.

O uso generalizado de vacinas contra o ebola, administradas a mais de 40 mil pessoas, ajudou a conter a enfermidade.

Ebola e Covid-19: perigo duplo

O retorno do ebola ao nordeste do país — uma região atormentada pela violência entre grupos armados — ocorre no momento em que o vasto país africano também está lutando contra o surto de Covid-19. Um surto anterior de ebola no leste da RDC, que durou de 1º de agosto de 2018 a 25 de junho de 2020, foi o pior de todos os tempos no país, com 2.277 óbitos.

Foi também o segundo maior número de óbitos na história de 44 anos da doença, superado apenas por um surto em três países na África Ocidental de 2013-16, que matou 11.300 pessoas.

A febre hemorrágica, ebola, foi identificada pela primeira vez em 1976, depois que cientistas investigaram uma série de mortes inexplicáveis no que hoje é o norte da RDC. Os sintomas são graves: febre alta e dores musculares seguidas de vômitos e diarreia, erupções cutâneas, insuficiência renal e hepática, sangramento interno e externo. A taxa média de mortalidade do ebola é de cerca de 50%, mas pode chegar a 90% em algumas epidemias, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

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Acredita-se que o vírus que causa o ebola resida em morcegos. A RD Congo também registrou 23.599 casos do novo coronavírus e 681 óbitos em uma população de cerca de 80 milhões de pessoas.

O ebola é uma doença rara e mortal em indivíduos e primatas. As pessoas podem contrair o ebola através do contato direto com um animal infectado (morcego ou primata não humano) ou uma pessoa doente ou morta infectada com o vírus.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

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