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O Portal PEBMED vai trazer as principais novidades do congresso 2019 da ESC 2019, que acontece entre os dias 31 de agosto e 4 de setembro. Confira todos os artigos clicando aqui.
Na insuficiência cardíaca aguda, diferente da forma crônica-agudizada, os pacientes apresentam mais sobrecarga do que hipervolemia propriamente dita. Por isso, diretrizes recentes, como a da SBC e a da ESC, sugerem que os vasodilatadores teriam papel preponderante na recuperação dos pacientes.
Um estudo apresentado no ESC 2019 (GALACTIC trial), e ainda não publicado, recrutou pacientes com IC aguda, padrão quente e úmido, com estabilidade hemodinâmica e sem necessidade de suporte ventilatório contínuo. Com isso, comparou duas intervenções: cuidados usuais versus vasodilatação “guiada por metas”, nas quais nitrato, hidralazina e iECA (ou BRA) foram progressivamente escalonados a fim de normalizar a PA/FC e o paciente.
Os resultados em seis meses mostraram que ambos os grupos foram semelhantes no desfecho primário de mortalidade e reinternação por IC. A idade e a fração de ejeção do paciente não mudaram o resultado final. Contudo, na análise de subgrupos, sugere-se que as mulheres poderiam ter tido até piora com o tratamento mais agressivo.
Qual a mensagem prática?
Na IC aguda, siga o usual: diurético para reduzir congestão, nitrato/hidralazina/iECA para controle de PA e pós-carga, como as diretrizes recomendam.
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Referências: