A rápida propagação do vírus da Zika e sua associação com graves complicações neurológicas levaram a grandes esforços para o desenvolvimento da primeira vacina de DNA, que teve ótimos resultados em primatas e avançou para a fase de testes em seres humanos.
As vacinas de DNA têm muitas vantagens em relação às tradicionais: podem ser produzidas de forma relativamente rápida e barata, não necessitam de refrigeração e podem induzir respostas imunes humorais e celulares vigorosas.
A equipe internacional que desenvolveu a vacina de DNA, composta pelos genes do ZIKV, testaram doses diferentes da vacina, primeiro em ratos e depois em primatas (macacos). Os resultados dos últimos testes mostraram que duas doses, administradas intramuscularmente, protegeram completamente 17 de 18 animais (94%) contra a Zika.
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Os animais “imunizados” com DNA de controle (não-Zika) desenvolveram viremia. Uma única dose baixa de vacina não foi protetora, mas reduziu as cargas virais. Os pesquisadores acreditam que a proteção está correlacionada com atividade de neutralização de anticorpos no soro.
Estes dados não apenas indicam que a vacina de DNA pode ser uma abordagem bem sucedida para proteger contra a infecção por ZIKV, mas também sugerem um limiar protetor da atividade de neutralização induzida pela vacina que previne a viremia após uma infecção aguda.
Os ensaios de fase I em seres humanos já estão em andamento, mas ainda não há previsão de comercialização.
Referências: