Benefícios da dança no climatério: novo trabalho publicado pela Menopause

A maior revista sobre climatério, Menopause, divulgou um trabalho avaliando como a prática da dança pode interferir de forma positiva.

Manter o corpo em movimento impacta diretamente na qualidade de vida e aumenta a longevidade, com nível A de evidência. A atividade física é essencial para prevenir e reduzir os riscos de diversas doenças, bem como para melhorar a saúde física e mental.

A transição climatérica inclui diversos sinais e sintomas além de fogachos, insônia, ganho de peso, alterações menstruais, piora do perfil metabólico. Muitas pacientes desenvolvem alterações de humor que impactam de forma profunda em sua qualidade de vida, como depressão, ansiedade, com distúrbios da auto estima e auto imagem, e consequente queda de libido.

Pesquisadores buscam ativamente tratamentos que possam beneficiar de uma forma integral a vida dessas mulheres.

Nesse sentido no mês passado, a maior revista científica sobre climatério, Menopause, divulgou um trabalho avaliando como a prática da dança pode interferir de forma positiva no metabolismo e autoimagem feminina nessa fase delicada da vida da mulher.

pés de mulher no climatério fazendo dança

Dança e climatério

Um total de 36 mulheres em torno de 57 anos foram acompanhadas em suas novas rotinas de prática de dança que ocorriam três vezes na semana com duração de 90 minutos cada dia.

O objetivo central do estudo foi analisar os efeitos da prática da dança na composição corporal, perfil metabólico, aptidão funcional e autoimagem, autoestima em mulheres na pós-menopausa.

Após quatro semanas, os resultados foram surpreendentes: os pesquisadores observaram uma melhora do perfil lipídico bem como a auto imagem e a autoestima. Além disso, a prática da dança melhorou a coordenação, agilidade e capacidade aeróbia, bem como a aptidão da função geral (GFFI).

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Conclusões

A prática da dança, por trabalhar a feminilidade, eleva a autoestima, acelera o metabolismo, fazendo com que o corpo produza mais neurotransmissores de prazer, ajudando assim, a diminuir quadros de ansiedade, depressão, e melhorando a libido.

Portanto, por mais clichê que seja, especialistas devem sempre lembrar de estimular mudanças no estilo de vida dessas pacientes. Antes de antidepressivos, emagrecedores, e fitoterápicos sem nível de evidência, o especialista deve prescrever e frisar o quanto a prática de exercício pode trazer melhorias na qualidade de vida da paciente.

Referência bibliográfica:

  • Teixeira GR, Veras ASC, Rocha APR, Chedid SS, Freitas Júnior IF, Neto RAF, Gobbo LA, Buonani C. Dance practice modifies functional fitness, lipid profile, and self-image in postmenopausal women. Menopause. 2021 Jul 19. doi: 10.1097/GME.0000000000001818. Epub ahead of print. PMID: 34284435.

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