Conheça a abordagem da cisticercose no Whitebook!

Entre os marcadores de gravidade da cisticercose estão os déficits neurológicos focais, convulsões, meningismo e outros. Confira!

Em nossa publicação semanal de conteúdos do Whitebook, falaremos hoje sobre o que consiste a cisticercose. Essa infecção extraintestinal é causada pelo verme platelminto da classe Cestoda, da espécie Taenia solium, e ela pode levar a um quadro grave de neurocisticercose com alto risco de mortalidade.

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Apresentação clínica

Quadro clínico

Após a ingestão dos ovos de T. solium, a formação de cisticercos em tecidos em um ou mais sítios pode ocorrer em 3-8 semanas. As fases da cisticercose se dividem em três principais:

  • Fase viável: Geralmente assintomática, sem inflamação significativa em tecidos, pode persistir por anos. Há inibição da resposta imune por mecanismos de escape;
  • Fase de degeneração: Corresponde à destruição do parasita pelo sistema imune, levando a edema e outros sinais inflamatórios;
  • Fase não viável: Evolução da lesão para granulomas calcificados com parasitas não viáveis. Nessa etapa, pode ocorrer inflamação residual e/ou liberação intermitente de antígenos.

Entre os marcadores de gravidade estão os déficits neurológicos focais, convulsões, meningismo e sinais de aumento de pressão intracraniana. Enquanto isso os fatores de risco são saneamento básico ou higiene inadequados.

Exame físico

Na doença, pode ocorrer a presença de cisticerco em um ou mais sítios em diferentes fases, que se relacionam com as manifestações clínicas. Os sítios mais frequentes de desenvolvimento das lesões por larvas de T. solium são o sistema nervoso central (SNC) e musculoesquelético, resultando em resposta inflamatória local e efeito de massa mediante o crescimento do cisto.

O acometimento do SNC se caracteriza por doença parenquimatosa ou extraparenquimatosa, que consiste em migração do cisticerco para o liquor nos ventrículos, cisternas e espaço subaracnoide, ou nos olhos ou coluna vertebral.

O desenvolvimento da neurocisticercose se caracteriza também hidrocefalia e demência, devido à formação de cistos no parênquima encefálico ou calcificações. Assim como, cefaleia, alteração visual, vômitos, ataxia e confusão mental. Já o comprometimento da coluna vertebral é caracterizado por radiculopatia e mielopatia

A cisticercose ocular pode ser detectada pela fundoscopia com visualização dos parasitas em câmera posterior, e a cisticercose em tecidos subcutâneos ou músculos pode ser palpada ou observada em radiografias.

Abordagem diagnóstica

A neurocisticercose deve ser suspeitada em pacientes com os marcadores e os sinais já abordados, além de achados na neuroimagem (lesões císticas, expansivas e/ou calcificações), que, juntamente com a sorologia, contribuíram para a conclusão do diagnóstico.

Exames de rotina

Além da tomografia computadorizada (TC) e/ou da ressonância magnética (RM) do sítio anatômico acometido, para os casos de cisticercose extra-SNC, a radiografia simples também pode ser útil, sendo que a sorologia deve ser associada para complementação diagnóstica.

Em circunstâncias específicas de suspeitas diagnósticas, deve-se realizar análise de liquor e/ou biópsia da lesão com estudo histopatológico associado. Na suspeita de neurocisticercose, deve-se realizar exames de imagem, como TC ou RM de encéfalo para diagnóstico e detecção do número, localização e estágio de infestação dos cisticercos.

A fundoscopia deve ser realizada na suspeita de cisticercose em órbita. Testes imunológicos como ELISA e imunoblotting podem ser realizados para a detecção de anticorpos anticisticercos no soro, liquor e saliva.

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