Era digital: impactos do uso de telas nos primeiros mil dias de vida

Os mil dias iniciais da vida de um bebê, desde sua concepção até os 2 anos de vida, são considerados cruciais para estabelecimento de hábitos saudáveis.

Os mil dias iniciais da vida de um bebê, considerando desde sua concepção até os seus dois anos de vida, são considerados cruciais para estabelecimento de hábitos e atitudes saudáveis. Trata-se de um período considerado oportuno para promover o crescimento e o desenvolvimento adequados da criança, e que influenciarão em condições de saúde futuras.

Durante os primeiros mil dias, as estruturas cerebrais da criança sofrem um processo de amadurecimento, e a estimulação sensorial, em todos os aspectos se faz extremamente necessária. Os estímulos táteis, visuais, auditivos e olfativos promovidos nas relações familiares são fundamentais para os ciclos neurobiológicos, produção de neurotransmissores e sinapses.

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Entretanto, cada vez mais esses estímulos oriundos do contato e apego familiar são substituídos pelo uso de telas e tecnologias, o que consequentemente afeta o desenvolvimento cerebral dos bebês.

menino jogando no celular

Menos telas para bebês

Com as hashtags “#menostelas e #maissaúde”, a Sociedade Brasileira de Pediatria elaborou uma manual de orientações aos profissionais de saúde, destacando os danos provocados pelo uso de telas, bem como atualiza as principais recomendações para promoção da saúde da criança na era digital.

O uso de telas e tecnologias por crianças, mesmo que de forma passiva, está associada a inúmeros impactos no seu crescimento e desenvolvimento, atrasos na fala e linguagem, transtornos de sono, transtornos mentais futuros, déficit de memória e atenção, além de outros distúrbios.

A luminosidade azul presente nas telas de tablets e smartphones pode provocar danos irreversíveis na retina dos bebês e também está associada ao bloqueio da melatonina. Esse bloqueio piora a qualidade do sono, comprometendo a produção de hormônios que são fundamentais para o bom desenvolvimento do organismo.

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Diante dos danos que o uso de telas pode causar a saúde das crianças, principalmente para os bebês nos primeiros mil dias de vida, é importante que os profissionais de enfermagem orientem os pais e responsáveis a não exporem a criança a esses aparelhos, inclusive nos momentos das refeições. Para crianças maiores de 2 anos, uso deve ser restrito a 1 hora ao dia, no máximo, sempre sob supervisão de um adulto. O enfermeiro deve orientar também que a criança não deve ser exposta a telas 2 horas antes de dormir.

Brincadeiras ao ar livre, atividades lúdicas, esportes e vínculos familiares devem sempre serem estimulados para o bom crescimento e desenvolvimento da criança, uma vez que os bebês aprendem com interações humanas!

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Referência bibliográfica:

  • Eisenstein E, Pfeiffer L, Gama MC, Estefenon S, Cavalcanti S S. #Menostelas #Mais saúde. Manual de Orientação. Grupo de Trabalho Saúde na Era Digital. Sociedade Brasileira de Pediatria, dezembro, 2019.

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