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Artigos sobre efeitos vacinais adversos resultantes da vacinação contra Covid-19 vêm sendo publicados nos últimos meses em grande quantidade, visto ser uma grande preocupação da população mundial. Além disso, venho observando uma grande preocupação da comunidade científica com a preservação da fertilidade dos casais em idade fértil e que querem conceber durante esse período de pandemia. Por este motivo, trago hoje um artigo sobre fertilização in vitro e resultados gestacionais precoces após a vacinação contra Covid-19.
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O artigo em questão foi publicado no Obstetrics & Gynecology em janeiro de 2022. É um estudo de coorte retrospectivo, no qual foram incluídas pacientes submetidas a hiperestimulação ovariana controlada ou transferência de embriões congelados-descongelados euploides únicos em um único centro acadêmico. Pacientes totalmente vacinados com vacina de mRNA Covid-19 foram comparadas com pacientes não vacinadas que ciclaram durante o mesmo período de tempo.
Entre 222 pacientes vacinadas e 983 pacientes não vacinadas que foram submetidas a ciclos controlados de hiperestimulação ovariana entre fevereiro e setembro de 2021, não houve associação na análise ajustada entre a taxa de vacinação contra Covid-19 e fertilização ou qualquer dos desfechos secundários avaliados: óvulos recuperados, oócitos maduros recuperados, razão de oócitos maduros, taxa de blastulação ou taxa euploide.
Entre 214 pacientes vacinadas e 733 pacientes não vacinadas submetidas à transferência de embriões congelados e descongelados euploides únicos, a análise ajustada não demonstrou associação significativa entre vacinação e gravidez clínica (razão de chances ajustada [aOR] 0,79, IC 95% 0,54–1,16) ou qualquer um dos desfechos secundários: gravidez, gravidez em curso, perda de gravidez bioquímica, ou perda clínica da gravidez.
Os autores concluíram que a administração de vacinas mRNA contra a doença Covid-19 não foram associadas a um efeito adverso na estimulação ovariana ou nos resultados precoces da gravidez após a fertilização in vitro. As descobertas dos pesquisadores contribuem para o crescente corpo de evidências sobre a segurança da vacinação mRNA contra Covid-19 em mulheres que estão tentando engravidar.
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