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O infarto agudo do miocárdio (IAM) pode ser desencadeado pelo estresse ambiental, mas ainda há poucos dados sobre o impacto da temperatura externa no risco de IAM com supra-ST. Um estudo apresentado essa semana no Congresso Anual do American College of Cardiology (ACC) 2018 investigou essa questão.
Para esse ensaio clínico, pesquisadores identificaram 30.404 pacientes com IAM com supra-ST que fizeram angioplastia coronária entre 2010 e 2016, em 45 hospitais no Michigan, nos EUA. As mudanças na temperatura (ΔT) foram definidas como a diferença máxima da temperatura no dia da apresentação do IAM e no dia anterior.
O ΔT médio foi de 13 °C (10 a 16 °C). Grandes flutuações de temperaturas foram associadas a um risco aumentado de IAM com supra-ST (RR = 1,02; IC de 95%: 1,00 a 1,03; p = 0,011 por cada alteração de 5 °C). O efeito foi exacerbado por temperaturas diárias médias maiores (p = 0,006).
Pelos achados, os pesquisadores concluíram que mudanças repentinas na temperatura externa, especialmente a uma temperatura de baseline mais elevada, estão associadas a um risco aumentado de IAM com supra-ST. O aumento da flutuação da temperatura e das temperaturas médias diárias associadas ao aquecimento global podem resultar em aumento da incidência de infarto.
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*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED
Referências:
- American College of Cardiology (ACC) 2018 Scientific Session. Session 1155, Abstract 267. To be presented March 10, 2018.