O tratamento das fraturas de tornozelo frequentemente envolve a necessidade do uso de imobilizações para o tornozelo, podendo ser utilizadas as tradicionais imobilizações gessadas circulares ou órteses removíveis.
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Novo estudo
Um recente estudo foi elaborado com o objetivo de comparar os desfechos a longo prazo de pacientes com fraturas agudas do tornozelo operadas ou não, tratados com órtese removível (órtese removível de ângulo fixo) ou imobilização com gesso.
Métodos
Trata-se de um ensaio clínico randomizado multicêntrico que comparou adultos com fratura aguda de tornozelo. Um total de 669 participantes foram incluídos no estudo: 334 foram alocados no grupo de imobilização gessada e e 335 no de brace removível. A média de idade foi de 46 anos (desvio padrão (DP) 17) e 57% eram do sexo feminino (n = 381). Os coletados incluíram a análise da função do tornozelo, qualidade de vida e complicações das fraturas. O escore de tornozelo de Olerud-Molander (OMAS) foi o desfecho primário utilizado para medir a função do tornozelo dos participantes. O desfecho primário foi avaliado em 16 semanas, com seguimento a longo por um período de dois anos.
Resultados
Um total de 436 pacientes (65%) completaram o acompanhamento de dois anos. A diferença média no OMAS em dois anos foi de -0,3 pontos favoráveis ao gesso (intervalo de confiança de 95% de -3,9 a 3,4), não indicando nenhuma diferença estatisticamente significativa entre as imobilizações adotadas. Não houve evidência de diferenças na qualidade de vida dos pacientes (medida usando o questionário EuroQol de cinco dimensões e cinco níveis) ou no Índice de Classificação de Incapacidade.
Conclusão e mensagem prática
Este estudo sugere que uma órtese removível é uma alternativa eficaz à imobilização tradicional com gesso para pacientes com fratura de tornozelo. Os pacientes tratados com órtese removível obtiveram resultados semelhantes aos dos que utilizaram gesso nos primeiros dois anos após a lesão.
19 mar. 2024 
2 min. 
