Mamografia de vigilância em pacientes com câncer de mama – quando parar?

Mamografia de vigilância é recomendada para sobreviventes do câncer de mama. É possível interromper esse procedimento em algum momento da vida do paciente?

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.

Cerca de 5% dos sobreviventes do câncer de mama desenvolverá um novo câncer durante os 5 anos após o diagnóstico, por isso, uma mamografia de vigilância anual é recomendada para aqueles com tecido mamário residual. É possível interromper esse procedimento em algum momento da vida do paciente?

As diretrizes específicas para vigilância em pacientes idosos são limitadas. Não existem dados prospectivos sobre os benefícios e os malefícios da mamografia nessa população, e a maioria das evidências provém de dados observacionais e retrospectivos, muitas vezes na população em geral.

Pensando nisso, pesquisadores fizeram uma revisão dos guidelines e publicações existentes para avaliar o risco subsequente de câncer de mama ipsilateral e contralateral em sobreviventes mais velhos em relação aos riscos e benefícios da mamografia de vigilância.

Na maioria das mulheres com tecido mamário residual, o risco de câncer de mama ipsilateral e contralateral foi < 10% em 10 anos; sendo ainda mais baixo (3% – 5%) entre aqueles que receberam tratamento com terapia endócrina e radiação. Dois estudos de mamografia e sobrevivência entre mulheres com ≥ 65 anos que receberam tratamento para câncer de mama em estágio I e II demonstraram reduções na mortalidade com mamografia subsequente.

As melhores condutas médicas você encontra no Whitebook. Baixe o aplicativo #1 dos médicos brasileiros. Clique Aqui!

Com base nessa análise, os autores recomendam a mamografia anual ou bienal para sobreviventes saudáveis de 70 a 80 anos, com cessação após os 80 anos se a expectativa de vida for menor que 5 anos.

Estudos recentes mostraram que a mamografia pode refletir um overdiagnosis do câncer de mama. Como a maioria dos sobreviventes octogenários são mais propensos a morrer de outras comorbidades, parar a vigilância pode ser uma opção razoável, que deve ser discutida com cada paciente.

Veja também: ‘Moonshot 2020: a cura do câncer em 2020?’

Referências:

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo

Selecione o motivo:
Errado
Incompleto
Desatualizado
Confuso
Outros

Sucesso!

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo.

Você avaliou esse artigo

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Baixe o Whitebook Tenha o melhor suporte
na sua tomada de decisão.