O sono na mulher

Segundo o IBGE, em 2010, a expectativa de vida da mulher no Brasil era de 77 anos. Considerando isso, passamos 1/3 da vida no “climatério”.

Segundo o IBGE, em 2010, a expectativa de vida da mulher no Brasil era de 77 anos. Considerando isso, passamos 1/3 da vida no “climatério”, ou seja, o período da vida feminina que ocorre a transição entre o período reprodutivo para o não-reprodutivo. Nesta fase, ocorre a menopausa, ou seja, a última menstruação.

Durante a transição menopausal, sintomas como os calores (“fogachos”) acompanhados de sudorese, depressão, ansiedade, insônia, dentre outros, são bastante comuns. A queda dos hormônios femininos pelo esgotamento dos folículos ovarianos é o principal responsável pelo aparecimento de tais sintomas.

Segundo um grande estudo brasileiro em 2007, 32% das mulheres queixavam-se de insônia. Esta taxa aumenta para mais de 50% na pós-menopausa! O termo “insônia” refere-se a uma condição caracterizada pela dificuldade de iniciar e/ou manter o sono, acompanhada de um comprometimento diurno importante, como cansaço, irritabilidade, sonolência, queixa de perda de memória, etc.

Veja também: ‘Você sabe fazer uma avaliação clínica da insônia?’

Vários fatores têm sido associados à insônia nesta fase da vida, incluindo doenças clínicas e/ou psiquiátricas como depressão ou ansiedade, mudanças ambientais, higiene do sono, uso de medicamentos, alterações no “relógio biológico”, incontinência urinária, obesidade, mudanças de estilo de vida e alterações metabólicas.

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Associações com a distribuição corporal de gordura (ex: gordura central, chamada de visceral), índice de massa corporal (IMC) elevado, presença de apneia do sono (interrupções da respiração durante o sono) e o sedentarismo também são frequentes nas pacientes com dificuldade em dormir. Em estudo publicado em jan/2017 na revista Climacteric, foi demonstrado que a qualidade do sono está positivamente associada com o aumento da qualidade de vida relacionada à saúde e da aptidão física. Portanto, a diminuição da massa gorda e a realização de atividade física seriam instrumentos importantes na redução de distúrbio do sono nesta população.

A terapia de reposição hormonal, assim como o uso de isoflavonas, presentes na soja e seus derivados, também parece melhorar a qualidade do sono nas mulheres pós-menopausadas. Mas é importante avaliar os riscos e benefícios individuais de cada mulher junto ao seu ginecologista para definir o início deste tipo de tratamento.

A instrução de medidas comportamentais do sono é fundamental para sua qualidade em qualquer faixa etária. Horários regulares para dormir e acordar, a prática dos exercícios físicos pela manhã e refeições leves à noite também são sempre estimuladas. Alguns estudos já demonstraram também benefícios dos parâmetros do sono com a prática de yoga e exercícios aeróbicos.

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