Paciente de 9 anos, com quadro de dor, edema e claudicação no membro inferior esquerdo de evolução há cerca de uma semana, com piora evolutiva. O que pode ser? Faça nosso primeiro quiz do ano e teste seus conhecimentos!
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1. Pergunta
Paciente de 9 anos, com quadro de dor, edema e claudicação no membro inferior esquerdo de evolução há cerca de uma semana, com piora evolutiva. A mãe procurou a emergência do hospital, por piora do quadro e refere que nos últimos dois dias o paciente não consegue mais sequer apoiar o pé no chão. Mãe nega febre ou outros sintomas.
Ao exame físico: avaliação prejudicada pela intensa dor do paciente, limitando a movimentação do membro e o toque. Edema importante 3+/4+ na face anterior do joelho esquerdo.
Foi solicitada radiografia do joelho esquerdo e estudo com Doppler colorido dos membros inferiores.
Observando a radiografia de joelho: o exame encontra-se normal ou alterado?
Correto
Resposta: Alterado. Há sinais compatíveis com fratura de Salter Harris na fise do fêmur esquerdo.
Ao observar atentamente a radiografia do joelho esquerdo, nas incidências AP e perfil, observamos alargamento da fise femoral à esquerda (seta vermelha) e reação periosteal da metáfise femoral esquerda (seta amarela), compatíveis com fratura da fise distal do fêmur.
Existe uma classificação de Salter Harris, proposta em 1963 por Salter e Harris e que vem sendo utilizada até os dias atuais, para graduar e classificar as fraturas fisárias, que é a seguinte:
-
- Tipo I- há somente alargamento da placa fisária, sem extensão óssea significativa. Habitualmente possui bom prognóstico.
- Tipo II- alargamento da placa fisária e acometimento “acima”, ou seja, acomete a metáfise óssea. De longe, trata-se do grau mais comum (cerca de 75% dos casos).
- Tipo III- alargamento da placa fisária e acometimento “abaixo”, ou seja, envolve a epífise óssea. Apresenta pior prognóstico.
- Tipo IV- também cursa com alargamento fisária e envolve tanto metáfise quanto a epífise do osso acometido.
- Tipo V- fratura com compressão da placa de crescimento.
Trata-se de um importante diagnóstico, que deve ser reconhecido nas radiografias simples, pois o seu não diagnóstico ou diagnóstico tardio podem acarretar graves sequelas ao paciente. Dor e edema contínuos em crianças, deve levantar essa possibilidade diagnóstica. Em caso de dúvidas durante a interpretação da radiografia do membro acometido, solicitar que o técnico radiografe o lado contralateral para uma adequada análise comparativa.
Referências bibliográficas:
- Wenger DR, Pring ME, Rang M. Rang’s Children’s Fractures, 3e. Lippincott Williams & Wilkins. (2005) ISBN:0781752868.
- Oestreich AE. The acrophysis: a unifying concept for understanding enchondral bone growth and its disorders. II. Abnormal growth. Skeletal Radiol 2004;33(3):119–128.
- Laor T, Jaramillo D. MR imaging insights into skeletal maturation: what is normal? Radiology 2009;250(1):28–38.
Incorreto
Resposta: Alterado. Há sinais compatíveis com fratura de Salter Harris na fise do fêmur esquerdo.
Ao observar atentamente a radiografia do joelho esquerdo, nas incidências AP e perfil, observamos alargamento da fise femoral à esquerda (seta vermelha) e reação periosteal da metáfise femoral esquerda (seta amarela), compatíveis com fratura da fise distal do fêmur.
Existe uma classificação de Salter Harris, proposta em 1963 por Salter e Harris e que vem sendo utilizada até os dias atuais, para graduar e classificar as fraturas fisárias, que é a seguinte:
-
- Tipo I- há somente alargamento da placa fisária, sem extensão óssea significativa. Habitualmente possui bom prognóstico.
- Tipo II- alargamento da placa fisária e acometimento “acima”, ou seja, acomete a metáfise óssea. De longe, trata-se do grau mais comum (cerca de 75% dos casos).
- Tipo III- alargamento da placa fisária e acometimento “abaixo”, ou seja, envolve a epífise óssea. Apresenta pior prognóstico.
- Tipo IV- também cursa com alargamento fisária e envolve tanto metáfise quanto a epífise do osso acometido.
- Tipo V- fratura com compressão da placa de crescimento.
Trata-se de um importante diagnóstico, que deve ser reconhecido nas radiografias simples, pois o seu não diagnóstico ou diagnóstico tardio podem acarretar graves sequelas ao paciente. Dor e edema contínuos em crianças, deve levantar essa possibilidade diagnóstica. Em caso de dúvidas durante a interpretação da radiografia do membro acometido, solicitar que o técnico radiografe o lado contralateral para uma adequada análise comparativa.
Referências bibliográficas:
- Wenger DR, Pring ME, Rang M. Rang’s Children’s Fractures, 3e. Lippincott Williams & Wilkins. (2005) ISBN:0781752868.
- Oestreich AE. The acrophysis: a unifying concept for understanding enchondral bone growth and its disorders. II. Abnormal growth. Skeletal Radiol 2004;33(3):119–128.
- Laor T, Jaramillo D. MR imaging insights into skeletal maturation: what is normal? Radiology 2009;250(1):28–38.
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