A.B.R.L., sexo feminino, 36 anos, casada, natural de Rio das Ostras – RJ e residente na Rocinha, na cidade do Rio de Janeiro, trabalhadora como faxineira em casas de família e em um colégio público da região onde mora, retornou ao atendimento na Clínica da Família devido a tosse produtiva intermitente, com sinais hemoptoicos, perda ponderal significativa (> 1 %, atualmente com 55 kg), dispneia progressiva, sudorese noturna episódica, no período de sete meses, com surgimento de febre > 38 ºC há cinco dias.

Os antecedentes pessoais incluem etilismo social, portadora de psoríase com crise recente e uso de corticóide em dose baixa atualmente por orientação médica.

Ao exame físico, a paciente se encontra em BEG, LOTE, anictérica, acianótica, corada, hidratada, emagrecida, ausência de alterações no exame cardiovascular, abdominal ou de membros inferiores, a avaliação do aparelho respiratório indica ausculta pulmonar com murmúrio vesicular algo reduzido difusamente e leves crepitações intermitentes em bases bilateralmente.

A paciente trouxe à consulta a radiografia de tórax solicitada anteriormente e realizada há cinco dias, com apresentação de cavilações numerosas em lobo superior bilateralmente, nódulos difusos, linfonodomegalias mediastinais e opacidade em bases. Foram realizados também, há cinco dias, o exame de baciloscopia do escarro e o teste molecular GeneXPert com resultados negativos. As sorologias para hepatites, VDRL e HIV foram negativas.

Qual das hipóteses diagnósticas é a mais provável para o quadro acima?

Mediante a hipótese diagnóstica acima, a médica de família optou por iniciar o tratamento ambulatorial, por ora, e forneceu orientações em caso de piora. Qual o tratamento antimicrobiano empírico inicial mais indicado?