Reparo de ruptura uterina após parto vaginal: laparoscopia ou laparotomia?

Artigo analisou se o reparo de ruptura uterina após parto vaginal seria melhor por laparoscopia ou por laparotomia?

A cirurgia minimamente invasiva traz inúmeros benefícios para o paciente, como: menor tempo de internação e menor morbidade. Contudo, nem sempre ela é indicada, em alguns momentos o mais seguro para a paciente é a tradicional laparotomia.

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Reparo de ruptura uterina após parto vaginal: laparoscopia ou laparotomia?

Análise recente sobre reparo de ruptura uterina

Em novembro de 2022, foi publicado um artigo no International Journal of Gynecology and Obstetrics com o objetivo de comparar os dados operatórios e a satisfação do paciente entre laparotomia e laparoscopia para ruptura uterina diagnosticada no pós-parto. Neste estudo de coorte baseado em questionário, os pesquisadores coletaram todos os casos de ruptura uterina pós-parto diagnosticada após parto vaginal, entre 2016 e 2020 em um único centro acadêmico terciário. A coorte foi dividida de acordo com o método cirúrgico de reparo; dados demográficos, clínicos, operatórios e pós-operatórios foram coletados e comparados entre os grupos.

Os resultados obtidos pelos autores foram os seguintes:

  • Oito casos de ruptura uterina pós parto vaginal foram tratados por laparoscopia e oito por laparotomia.
  • O tempo operatório médio foi de 103 (IQR 86,3-129,0) minutos para o grupo de laparoscopia e 61 (IQR 59,0-75,0) minutos para o grupo de laparotomia (p=0,04).
  • A transfusão de sangue foi necessária em 25% das mulheres submetidas à laparoscopia, em comparação com 88% das mulheres submetidas à laparotomia (p=0,01 < 0,05).
  • O tempo médio de internação foi de 3 (IQR 3-4) dias no grupo de laparoscopia e 4 (IQR 4-4) dias no grupo de laparotomia (p=0,2).
  • Satisfação geral, satisfação com a recuperação, satisfação com as cicatrizes, satisfação com a capacidade de cuidar do neonato e dor e humor pós-operatório foi melhor no grupo de laparoscopia, em comparação com o grupo de laparotomia.

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Após a análise dos resultados, os pesquisadores concluíram que a cirurgia minimamente invasiva é uma opção cirúrgica viável para pacientes com ruptura uterina diagnosticada após parto vaginal, podendo resultar em melhor recuperação e satisfação da paciente. Contudo, é necessário uma equipe experiente para realizar esse procedimento em um momento de urgência.

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Referências bibliográficas: Ícone de seta para baixo
  • Stern S, Lessans N, Shveiky D, Saar TD, Tevet A, Dior UP. Repair of Uterine Rupture Following Vaginal Delivery: A Comparison between Minimally invasive and Open Repair. Int J Gynecol Obstet. 2022. Accepted Author Manuscript. DOI: 10.1002/ijgo.14590