Whitebook: hemograma

Você sabe interpretar corretamente o hemograma? O Whitebook te dá dicas importantes para abordar este exame tão comum na prática clínica.

Um de nossos artigos mais acessados hoje no Portal tem como tema a interpretação do hemograma. Pensando nisso, vamos atualizar, em nossa publicação semanal de conteúdos do Whitebook Clinical Decision, as informações mais atuais relacionadas ao exame.

Leia também: Hemograma: você sabe como interpretar corretamente?

hemograma

Sobre o hemograma

O hemograma pode ser didaticamente subdividido em três partes: série vermelha (eritrograma), série branca (leucograma) e série plaquetária (plaquetograma). As células ou fragmentos de células analisadas (hemácias, leucócitos e plaquetas) são majoritariamente produzidas pela medula óssea e, em condições fisiológicas, disponibilizadas na corrente sanguínea, conforme a necessidade do organismo.

No eritrograma, alguns parâmetros são avaliados, como a contagem absoluta de eritrócitos (hemácias), hemoglobina, hematócrito, índices hematimétricos (VCM, HCM, CHCM), RDW (índice de anisocitose), HDW (anisocromia).

Já na série branca, o aparelho automatizado pode nos fornecer informações como a contagem absoluta dos leucócitos (leucometria) e diferencial: granulócitos polimorfonucleares (basófilos, eosinófilos e neutrófilos) e dos mononucleares (linfócitos e monócitos).

Por sua vez, os neutrófilos são representados, por ordem crescente de maturidade, pelos mielócitos, metamielócitos, bastões e segmentados. Em linhas gerais, sob condições fisiológicas, os bastões (em menores proporções) e os segmentados são as formas comumente encontradas no sangue periférico.

Em relação ao plaquetograma, sua análise informa a contagem absoluta de plaquetas (fragmentos citoplasmáticos dos megacariócitos), bem como os índices plaquetários (VPM, plaquetócrito, PDW).

Indicações: Importante subsídio para o diagnóstico, classificação e monitoramento de uma abrangente gama de patologias, como: distúrbios hematológicos, anemias, policitemias, neoplasias, resposta a drogas, reações inflamatórias/infecciosas, parasitoses, intoxicações, desordens da coagulação etc.

Ao solicitar, basta pedir por um hemograma completo.

  • Ao paciente: não é necessário nenhum preparo específico;
  • Tubo para sangue total (tampa roxa – EDTA). Deve-se invertê-lo suavemente, por dez vezes, logo após a coleta;
  • Material: sangue total;
  • Volume recomendável: 1,0 mL.

Observações:

  • Os valores de referência para o hemograma variam conforme o sexo, grupo étnico e idade;
  • Os contadores hematológicos modernos fornecem resultados precisos, porém, em alguns casos, ou à critério médico, é necessário proceder com uma extensão sanguínea em lâmina com posterior avaliação à microscopia óptica (hematoscopia), a fim de obter uma melhor avaliação celular.

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Referências bibliográficas: Ícone de seta para baixo
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  • Kanaan S. Laboratório com interpretações clínicas. 1a ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2019.

  • McPherson RA, Pincus MR, eds. Henry's Clinical Diagnosis and Management by Laboratory Methods. 23rd ed. St. Louis: Elsevier, 2017.

  • Santos FJ, Figueira DO, Souza JEO. Prevalência de alterações microscópicas discordantes com análise automatizada do hemograma. J. Bras Patol Med Lab. 2014; 50(6):398-401.

  • SBPC/ML. Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML): fatores pré-analíticos e interferentes em ensaios laboratoriais. 1.ed. Barueri: Manole, 2018.

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