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Publicamos no portal esta semana uma matéria sobre a epidemia de influenza no Rio de Janeiro. Assim, em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook Clinical Decision vamos falar sobre a abordagem clínica dessa doença.
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Considerações Iniciais
Durante um surto de gripe, principalmente nos meses de inverno (embora no Brasil, pelo clima tropical, esta verdade seja parcial com prevalência relativamente constante durante todo o ano), o diagnóstico clínico de gripe apresenta bom rendimento, dispensando qualquer exame complementar.
Mesmo fora do período de inverno, casos esporádicos não demandam detecção viral para influenza, dado o caráter autolimitado da infecção, salvo em vigência de síndrome respiratória aguda grave ou em casos de importância epidemiológica ou diagnóstico pandêmico (como na pandemia de H1N1).
Exames laboratoriais:
- Hemograma completo , eletrólitos, função renal, função hepática, PCR , gasometria arterial e lactato. Indicados em casos de influenza ou suspeita de influenza com evolução para síndrome respiratória aguda grave, que demanda internação hospitalar. Pacientes com suspeita de encefalopatia devem ser submetidos à punção lombar e pesquisa do vírus.
- Resultados:
- Hemograma pode evidenciar leucopenia com linfopenia e trombocitopenia (típicos de infecção viral);
- Gasometria arterial pode revelar hipoxemia nos casos de evolução grave.
Radiografia de tórax:
- Indicada em casos de influenza ou suspeita de influenza com alterações ao exame físico e/ou evolução para síndrome respiratória aguda grave;
- Pode indicar a presença de infiltrado pulmonar multifocal ou difuso em vidro fosco, padrão de infiltrado intersticial ou consolidação lobular ou segmentar, sendo impossível a distinção de pneumonia bacteriana.
Detecção viral:
- Com base no Guia de Vigilância Epidemiológica, do Ministério da Saúde, está indicada a coleta de secreção nasofaríngea (preferencialmente entre o terceiro e o sétimo dia do início dos sintomas) para detecção viral em todos os pacientes com suspeita de síndrome respiratória aguda grave (apresentando ou não fator de risco para complicações);
- O exame confirmatório para infecção por influenza é a RT-PCR ou a cultura de secreções de orofaringe, mas não estão amplamente disponíveis;
- Testes rápidos (QuickVue Influenza A+B®; ZstatFlu®) são comercializados atualmente e apresentam alta sensibilidade e especificidade.
Hemocultura: Deve ser solicitada em todo paciente com suspeita de síndrome respiratória aguda grave para diagnóstico diferencial com pneumonia bacteriana ou pelo risco de infecção bacteriana concomitante.
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