Anvisa autoriza ampliação dos testes da vacina de Oxford para Covid-19

Na última terça-feira, 15, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária autorizou a ampliação dos testes da vacina de Oxford contra a Covid-19.

Na última terça-feira, 15, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a ampliação dos testes da vacina de Oxford contra a Covid-19, produzida em parceria com o laboratório britânico AstraZeneca. Agora, mais 5 mil voluntários participarão do estudo de fase 3 no Brasil, dessa vez sem limite de idade: pessoas com mais de 69 anos também poderão se voluntariar.

Além disso, os estudos acontecerão em mais dois estados: Rio Grande do Norte, em Natal, pelo Centro de Pesquisas Clínicas de Natal (CPCLIN), e Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e em Santa Maria, pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Ao todo, a vacina será aplicada em 10 mil voluntários do Brasil nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, além dos dois incluídos recentemente.

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Vacina da Oxford contra Covid-19 amplia grupo de testes no Brasil

Vacina contra Covid-19

No país, a vacina de Oxford será produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que firmou parceria com a AstraZeneca. A ChAdOx1 nCoV-19, conhecida como AZD1222, foi desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, e se baseia no uso do vetor adenovírus (vírus do resfriado comum), contendo o material genético da proteína spike SARS-CoV-2.

Segundo os estudos iniciais, o vetor escolhido para a vacina poderia gerar uma forte resposta imune, precisando apenas de uma dose da mesma. Além disso, os estudos de fase 2 apontaram que é a vacina segura e induziu a produção de anticorpos e de células T.

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Essa vacina é uma das quatro que estão em testes no Brasil. As outras são:

  • Coronavac, da empresa chinesa Sinovac, feita a partir de cepas inativadas do vírus e que será produzida em parceria com o Instituto Butantan e o Governo do Estado de São Paulo;
  • BNT162b2, da empresa alemã BioNTech em parceria com farmacêutica americana Pfizer, baseada em em ácido ribonucleico (RNA), que codifica um antígeno específico do novo coronavírus;
  • Ad26.COV2.S, de Jansen-Cilag, divisão farmacêutica da Johnson-Johnson, que é composta de um vetor recombinante, não replicante, de adenovírus tipo 26 (Ad26), construído para codificar a proteína S (Spike) do SARS-CoV-2.

Ampliação da BNT162b2

Nos Estados Unidos, a Pfizer e BioNTech entraram com um pedido na Food and Drug Administration (FDA) para ampliação dos testes da BNT162b2 para mais 14 mil pessoas. Segundo resultados de fase 2, a vacina não teve efeitos colaterais significativos e induziu resposta imune após duas doses, com intervalo de três semanas entre elas.

As empresas já possuem autorização para aplicação em 30 mil pessoas ao redor do mundo, mas acreditam que seja necessário incluir uma diversidade maior de pessoas para entender a eficácia e segurança da vacina. O objetivo é que entre as novas pessoas sejam incluídos adolescentes de 16 anos ou mais, pessoas com doenças crônicas, pacientes com HIV estável, hepatite C ou hepatite B.

No Brasil, essa vacina está sendo testada em 1 mil voluntários de São Paulo e Salvador.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

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