Após surto de coronavírus voltar a crescer, Brasil altera definição de caso suspeito

Apesar de declarado como controlado pela OMS, no último dia 14, o surto do coronavírus fora da China voltou a crescer rapidamente.

Apesar de declarado como controlado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), no último dia 14, o surto do coronavírus fora da China voltou a crescer rapidamente. Diante dos novos casos, o Ministério da Saúde alterou no último dia 24, mais uma vez, a definição de caso suspeito, incluindo o contato do paciente com pessoas que vieram de outras localidades. As regiões suspeitas agora incluem: Japão, Singapura, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Tailândia, Vietnã, Camboja, Austrália, Filipinas, Malásia, Itália, Alemanha, França, Irã e Emirados Árabes, além da China.

A OMS também declarou que os países devem se preparar para uma possível pandemia.

Agora chamada de Covid-19, a doença respiratória causada pelo novo coronavírus foi considerada emergência internacional ao final de janeiro, e o número de casos já ultrapassou os 101.400, com 3.456 mortes em 88 países. As fronteiras com o Irã foram fechadas, já que o número de casos cresceu rapidamente em poucos dias, causando 124 mortes.

Outro país cujo surto cresceu de forma muito rápida nos últimos dias foi a Itália, que passou de 79 casos no dia 22 para 222, com seis mortes, no dia 24. Atualmente, o país já possui mais de 4.600 casos, com 197 mortes.

coronavírus em imagem digital

Nova definição de caso suspeito de coronavírus

São considerados casos suspeitos de infecção pelo Covid-19:

  • Febre + pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros) + histórico de viagem para área com transmissão local (países atualizados recentemente) nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas; OU
  • Febre + pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros) + histórico de contato próximo de caso suspeito para o coronavírus (COVID-19), nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas; OU
  • Febre OU pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros) + contato próximo de caso confirmado de coronavírus (COVID-19) em laboratório, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas.

A febre pode não estar presente em alguns pacientes, como jovens, idosos, imunossuprimidos ou naqueles que usaram antitérmico. Já o contato próximo é aquela pessoa que esteve a aproximadamente dois metros de distância de um paciente com suspeita, por um período prolongado, dentro da mesma sala, sem equipamento de proteção individual. Podem ser pessoas que moram juntas, tenham feito visitas recentemente ou compartilharam uma sala de espera em um hospital, por exemplo; assim como profissionais de saúde que não utilizaram proteção durante o atendimento.

Veja mais sobre coronavírus:

O paciente que tiver confirmação laboratorial conclusiva para o novo coronavírus, independente de sinais e sintomas, é considerado caso confirmado. O diagnóstico é feito com exames de aspirado de nasofaringe (ANF) ou swabs combinado (nasal/oral) ou também amostra de secreção respiratória inferior (escarro ou lavado traqueal ou lavado bronca alveolar).

Confira aqui a lista de hospitais de referência para o novo coronavírus no país!

O profissional deve realizar duas coletas de amostras e encaminhar para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). Uma das amostras será enviada ao Centro Nacional de Influenza (NIC) e outra amostra será enviada para análise de metagenômica. A confirmação acontece quando há detecção do RNA viral.

Covid-19

Os casos de doença respiratória começaram na cidade de Wuhan, na China, no dia 31 de dezembro, sendo confirmado como uma nova cepa do coronavírus no dia 8 de janeiro. As autoridades chinesas divulgaram o sequenciamento genético do vírus para que os outros países pudessem identificar de forma mais rápida os casos da doença. A OMS fez o primeiro alerta sobre a doença na segunda semana do mês de janeiro.

A principal suspeita é que uma transmissão animal-humano tenha acontecido no mercado público de animais silvestres e marinhos da cidade chinesa. As investigações para identificar o animal ainda estão acontecendo, mas o mercado foi fechado para inspeção e limpeza.

A disseminação do vírus para outras regiões aconteceu ainda no início de janeiro, incluindo para os territórios independentes chineses Taiwan, Hong Kong e Macau. Atualmente já são mais de 40 países com casos confirmados, nos cinco continentes do mundo.

Referências bibliográficas:

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo

Selecione o motivo:
Errado
Incompleto
Desatualizado
Confuso
Outros

Sucesso!

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo.

Você avaliou esse artigo

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Baixe o Whitebook Tenha o melhor suporte
na sua tomada de decisão.