Caso clínico: Homem hipertenso comparece à consulta médica queixando-se de “coceira e vermelhidão no peito”

Caso clínico: Homem, 69 anos, hipertenso, comparece à consulta médica queixando-se de “coceira e vermelhidão no peito”.

Homem, 69 anos, hipertenso em uso regular de atenolol e enalapril, comparece à consulta médica queixando-se de “coceira e vermelhidão no peito”. Refere que notou edema e eritema na pele da mama direita há aproximadamente 6 meses e que os sintomas estão em piora progressiva desde então. Ao exame físico, nota-se hiperemia em toda a mama direita, associado a presença de lesões nodulares, por vezes ulceradas, exudativas e coalescentes. Ausência de linfonodomegalia axilar palpável. Restante do exame físico inocente.

Confira o Quiz sobre este caso clínico: Homem procura atendimento com queixa de hiperemia na mama. Qual o diagnóstico?

caso clinico

Qual conduta?

O quadro admite vários diagnósticos diferenciais que vão desde doenças infecciosas/inflamatórias de pele até neoplasias malignas. O médico deve proceder com biópsia da lesão e solicitar exames complementares para definir o diagnóstico e guiar o tratamento.

A biópsia revelou tratar-se de carcinoma mamário. O estudo de imunohistoquímica identificou a presença de receptores hormonais (estrogênio e progesterona). A partir desses achados, o paciente foi submetido à exames de estadiamento com imagens sistêmicas (tomografia de tórax, abdome e pelve) e rotina laboratorial básica.

Os exames de imagem identificaram lesões esparsas no fígado, de até dois centímetros, suspeitas para acometimento secundário. A biópsia hepática confirmou a presença de metástase de câncer de mama.

O paciente iniciou então tratamento sistêmico com hormonioterapia. Aproximadamente dois meses após o início do tratamento, evoluiu com melhora dos sintomas e das lesões.

O câncer de mama em homens é extremamente raro. O diagnóstico é histopatológico e a imunohistoquímica é fundamental para diferenciar os diversos subtipos histológicos. Após o diagnóstico, deve-se fazer estadiamento com imagens sistêmicas para avaliar a extensão da doença e guiar o tratamento. O subtipo histológico mais comum em homens é o carcinoma mamário positivo para a expressão de receptores de hormônio. Esse subtipo está relacionado a um melhor prognóstico e por isso a doença tende a ser menos agressiva. A abordagem terapêutica é semelhante em homens e mulheres.

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