Experiência pós-operatória de pacientes em fraturas de tornozelo e tíbia distal

Revisão sistemática avaliou estudos de pacientes com fratura distal da tíbia ou tornozelo para explorar a experiência e recuperação dos pacientes.

As fraturas da tíbia distal e tornozelo podem gerar como consequências redução na funcionalidade do membro com dificuldade de deambulação e grandes cicatrizes. Além disso, principalmente em pacientes mais idosos, podem requerer um prolongado tempo de reabilitação contribuindo para alterações psicossociais como depressão e ansiedade.

Leia também: Quais os fatores de risco para tromboembolismo venoso após fraturas de tornozelo?

Experiência pós-operatória de pacientes em fraturas de tornozelo e tíbia distal

Novo estudo

Esses desfechos vêm sendo avaliados ultimamente em séries de casos após ganharem importância no processo de reabilitação dos pacientes. Foi publicado no último mês na revista Bone and Joint Open uma revisão sistemática com o objetivo de avaliar qualitativamente estudos de pacientes com fratura distal da tíbia ou tornozelo para explorar a experiência de lesão e recuperação dos pacientes.

Métodos

Foram pesquisadas as bases de dados Medline, EMBASE, PsycINFO, CINAHL e AMED até fevereiro de 2022. Todos os títulos e resumos foram selecionados, e um subconjunto foi analisado independentemente. A qualidade metodológica foi avaliada usando o Critical Appraisal Skills Programme (CASP) checklist.

Resultados

De 2.682 registros, 15 estudos foram revisados na íntegra e quatro incluídos na revisão. Um total de 72 pacientes foram incluídos nos quatro estudos (47 mulheres; idade média de 50 anos (17 a 80)).  Um conceito central de “ser o mesmo, mas diferente” transmitia a perturbação substancial da autoidentidade dos pacientes causados por seus ferimentos.

A experiência do paciente de ‘ser o mesmo, mas diferente’ foi expresso através de três temas inter-relacionados, com sete subtemas: i) ser proativo, onde persistência, fazer as coisas de forma diferente e manter-se ocupado prevaleceu; ii) viver com mudanças, incluindo sintomas, e viver de forma diferente devido a desafios no trabalho e no lazer; e iii) buscar a normalidade, adaptando-se com falta de confiança, e sentir medo e preocupação com o futuro.

Saiba mais: A sustentação de carga ou mobilidade precoce após fraturas de tornozelo aumentam a chance de complicações?

Conclusão e mensagem prática

As lesões no tornozelo foram perturbadoras, desgastantes e impactaram o bem-estar dos pacientes. Desafios substanciais a curto e longo prazo foram enfrentados durante a recuperação. Reabilitação e estratégias de tratamento psicossocial podem ajudar a melhorar esses desafios e os pacientes podem ter benefício se os médicos estiverem cientes da experiência do paciente ao avaliar, tratar e discutir expectativas e resultados com os mesmos.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo

Selecione o motivo:
Errado
Incompleto
Desatualizado
Confuso
Outros

Sucesso!

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo.

Você avaliou esse artigo

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Baixe o Whitebook Tenha o melhor suporte
na sua tomada de decisão.
Referências bibliográficas: Ícone de seta para baixo
  • Pearson NA, Tutton E, Gwilym SE, Joeris A, Grant R, Keene DJ, Haywood KL. Understanding patient experience of distal tibia or ankle fracture: a qualitative systematic review. Bone Jt Open. 2023 Mar 15;4(3):188-197. DOI: 10.1302/2633-1462.43.BJO-2022-0115.R1.

Especialidades