Ortopedia e Traumatologia: avanços, desafios e oportunidades na área

A ortopedia e traumatologia está tendo muitos avanços, com o surgimento das células tronco, mas também enfrenta desafios como o envelhecimento da população.

Com novas descobertas e avanços diários, a medicina está em constante transformação. E, em todas as especialidades, surgem novos tratamentos, formas de diagnósticos, vacinas e próteses que reabilitam e curam pacientes. Na ortopedia e traumatologia não é diferente, com o surgimento das células tronco, próteses de cerâmica, transplante ósseo e muito mais.

A maior expectativa de vida da população tornou mais comum à necessidade de revisar os procedimentos que tendem ao desgaste e soltura ao longo do tempo. Muitas vezes, nesse novo procedimento, existe perda óssea significativa e necessidade de preenchimento com outro material. Dentre os materiais, o tântalo trabecular tornou-se um importante aliado no preenchimento de grande variedade desses defeitos.

As artroplastias possibilitam a substituição das articulações com desgaste por próteses, que oferecem cada vez mais uma função semelhante à articulação normal. Há também as artroscopias, que promovem acessos minimamente invasivos para tratamento de doenças, permitindo uma pronta recuperação e o mínimo de tempo hospitalizado. 

Vale destacar ainda as terapias celulares com o uso de células tronco, que ganharam um papel importante no tratamento das lesões de cartilagem, prometendo uma grande esperança para outras lesões ortopédicas graves e tidas como sem tratamento, como as lesões medulares. 

médico imobilizando a mão do paciente

Ortopedia e Traumatologia

O Brasil apresenta um grande desenvolvimento na medicina em geral, mas muitas vezes, principalmente na ortopedia, não possuímos condições financeiras para dispor dos melhores materiais ou métodos de pesquisas. Mesmo assim, nos grandes centros de estudos existem avanços em determinadas áreas, com dispositivos para a substituição e reparo da cartilagem, um tecido extremamente difícil de manejo.

A ortopedia e a traumatologia tiveram um avanço exponencial nos últimos anos. Cada vez, temos melhores materiais de osteossíntese para fraturas possibilitando uma recuperação mais rápida.  Fraturas que antes eram tratadas com imobilização por meses, passaram a ser tratadas cirurgicamente e possibilitando ao paciente uma locomoção mais rápida”, destaca Alexandre Fogaça Cristante, ortopedista, especialista em deformidades da coluna e titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).

Entre as especialidades relacionadas com a ortopedia está a reumatologia, a neurologia, a neurocirurgia e a fisiatria.

Principais desafios

Na opinião de Alexandre Cristante, para ser um bom ortopedista deve-se cultivar um sentimento de grande dedicação e abdicação ao trabalho.  Isso porque completado os seis anos de medicina, são mais três anos de ortopedia geral e, depois, mais um ou dois anos em especialização em mão, coluna, joelho, quadril, etc. Após os três anos de residência, para ser sócio da SBOT, o candidato precisa se submeter a uma prova de suficiência (TEOT), onde serão testados os seus conhecimentos teóricos e práticos, e até mesmo a sua habilidade cirúrgica. 

E, mesmo depois de formado, para acompanhar os intensos avanços da especialidade, exige-se que ortopedista esteja sempre estudando, se atualizando e participando de congressos.

Ainda sobre os principais desafios dessa especialidade, está a carência de recursos dentro da saúde pública, principalmente para cirurgias ortopédicas. Já a saúde suplementar exige que o ortopedista faça sempre o melhor e se preocupe para não haver desperdício de recursos. 

Os pacientes esperam cada vez mais os melhores resultados e a recuperação rápida de graves lesões. Por isso, o profissional de ortopedia deve se manter atualizado e sobreviver às pressões deste mercado de saúde, sem perder o foco na recuperação do paciente, o maior objetivo dos médicos”, frisa o titular da SBOT.

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Oportunidades

Principalmente por causa da quantidade de traumas, uma endemia em grandes centros por causa dos acidentes de trânsito, tem crescido a necessidade constante de ortopedistas no SUS e nos hospitais particulares. A tendência ao envelhecimento da população brasileira, claro, também exigirá cada vez mais cuidados ortopédicos.

A área de atuação de um ortopedista é enorme. Além dos segmentos de subespecialidades, existe a possibilidade de atender tanto crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, de ambos os sexos.

Entre os profissionais mais bem pagos da área médica, os ortopedistas têm um faturamento médio mensal acima de R$ 13 mil, podendo ultrapassar os R$ 18 mil em alguns casos.

Conquistas da SBOT

Hoje, há em torno de 16 mil médicos ortopedistas no Brasil. Entre as maiores conquistas da SBOT estão:

  • A defesa pela valorização profissional e remuneração digna dos ortopedistas;
  • Incentivo à formação e atualização de seus associados;
  • Promoção de qualificação e condições dignas e éticas de desempenho profissional dos ortopedistas e atendimento de excelência à população, indistintamente.

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