Patologia: os avanços, desafios e oportunidades na área

A área de patologia avançou muito nos últimos anos, com a incorporação das técnicas de patologia molecular, que culminou com a medicina de precisão.

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A área de patologia avançou muito nos últimos anos, com a incorporação das técnicas de patologia molecular, que culminou com a medicina de precisão. Essas técnicas avançaram a partir da década de 80, da imuno-histoquímica e toda a parte de patologia molecular, como o RT-PCR, o sequenciamento e as demais formas em que os médicos conseguem uma abordagem mais precisa do tumor.

Atualmente, já é possível saber o nome e o sobrenome do tumor, além do nome de sua família, garantindo que toda a parte de tratamento seja muito mais específica. Desta maneira, a patologia avançou muito, direcionando muitas vezes o melhor tratamento para os oncologistas.

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Principais desafios e oportunidades na Patologia

“O patologista é um profissional que deve ficar sempre atualizado, se renovando a cada dia. Os avanços são muito grandes na nossa área. Portanto, ele deve ficar sempre conectado com o que está acontecendo de mais moderno e trazer para junto dele toda essa tecnologia. Somos profissionais que passaremos o resto da vida estudando, nos atualizando e nos renovando”, diz Clóvis Klock, presidente da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP).

Desta maneira, os desafios também são muito grandes, como ficar o tempo inteiro em constante atualização. Para Clóvis Klock, a crise econômica que atinge hoje o Brasil também atinge muito a medicina, assim como área de patologia. Os valores pagos hoje pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e por boa parte dos convênios são muito baixos, trazendo mais desafios para os profissionais de saúde.

“Cada vez mais temos que dar diagnóstico de precisão, só que esses valores pagos hoje em dia são muito baixos. Como no SUS não há toda essa incorporação de tecnologia, ficamos em um dilema muito grande vendo o paciente do Sistema Único de Saúde sem poder usufruir de todo o avanço que a patologia trouxe para ele. São muitos pacientes que não terão acesso ao melhor tratamento disponibilizado atualmente”, lamenta o presidente da SBP.

Por outro lado, a patologia tem um potencial de crescimento muito grande, não somente no Brasil, como no exterior, com uma carência de profissionais em vários países.

“Essa é uma especialidade difícil de ser exercida, pois exige muito estudo do profissional e bastante qualidade técnica. E com o aumento da incidência do câncer pelo envelhecimento da população, temos uma demanda maior. Portanto, o jovem hoje que deseja se qualificar, que deseja fazer patologia, encontra um campo muito bom para trabalhar, tanto no Brasil quanto fora. Nós temos muitos patologistas brasileiros trabalhando no exterior. Anualmente, cresce o número de patologistas que faz a residência ou repete a residência médica para se qualificar e exercer a especialidade nos Estados Unidos ou no Canadá”, conta Clóvis Klock.

Baixa ocupação das vagas de residência médica

Segundo o presidente da SBP, um dos maiores problemas que a categoria enfrenta é a baixa ocupação das vagas de residência médica, com cerca de 50% mais ou menos das vagas ocupadas.

“Há uma desistência muito grande, pois o jovem entra na residência e não tem ideia do que vai esperar. Isso acontece porque, em muitos cursos de medicina, a cadeira de patologia é ministrada por um não médico ou por um não especialista de patologia. Então, ele não consegue mostrar para o jovem o que é a especialidade da patologia e o que o patologista faz”, lamenta Clóvis Klock.

Média salarial

A média salarial dos médicos hoje varia muito de região para região. “Quando o jovem patologista quando sai da residência médica, o salário pode ser de 10, 15, 20, 30 mil reais. Depende muito da região, da carga horária e do que o patologista oferece também por serviço”, afirma o presidente da SBP.

Conquistas da SBP

Hoje, há em torno de 3 mil médicos patologistas no Brasil. Entre as maiores conquistas da SBP estão:

  • Oferta constante de atualização científica por EAD, com um profissional a cada 15 dias. Todas as aulas do EAD estão disponibilizadas no portal da SBP;
  • Realização de dois congressos com mais de mil participantes e mais de 30 convidados internacionais, além de jornadas científicas;
  • Participação da SBP em vários comitês da Associação Médica Brasileira e do Conselho Federal de Medicina em prol da valorização do médico patologista.

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