Pressão arterial: o que fazer quando a medida estiver alta?

Com os aparelhos em casa, cresceram medidas de pressão arterial em diversos tipos de mal-estar inespecíficos e o número de visitas por crise hipertensiva.

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As diretrizes de hipertensão são claras quanto à importância das medidas domiciliares da pressão arterial. Como a MAPA é incômoda e menos acessível, cresce o uso da MRPA, na qual o paciente compra um aparelho automático de PA e realiza medidas sucessivas, protocolizadas, da PA. Só que “toda coisa boa tem um lado ruim”: com os aparelhos em casa, cresceram as medidas de PA em diversos tipos de mal-estar inespecíficos e o número de visitas por crise hipertensiva cresceu nos EUA e Canadá (25 a 65%). É muito provável que o mesmo incidente venha a ocorrer no Brasil.

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A diretriz americana de hipertensão é bem clara, no paciente assintomático com pressão alta e sem lesão aguda de órgão-alvo, o tratamento e acompanhamento podem ser ambulatoriais. E um novo estudo canadense reforça a segurança desta medida.

Em cinco grandes hospitais de Ontario, onde fica Toronto (Canadá), 1.500 pacientes compareceram à emergência com crise hipertensiva no período de um ano. A idade média era 63 anos, 60% mulheres, 20% vieram de ambulância e 75% já sabiam ser hipertensos. A média de PA foi 182/97 mmHg. Os sintomas mais comuns foram:

  1. Cefaleia 38%
  2. Tonteira 30%
  3. Dor precordial 16%
  4. Náusea 11%

O estudo mostrou que 41% das pessoas foram medicadas na emergência, mesmo não sendo isso que a diretriz recomenda. Além disso, 97% foram liberados para casa e a mortalidade nesse grupo foi muito pequena, menor que 5% ao ano, e próxima ao esperado pelo risco cardiovascular. Além disso, 11% voltaram à emergência no intervalo de um ano por causa de nova crise hipertensiva. Outro dado interessante: 500 pacientes tinham complicações da hipertensão, mas em todos havia outros sintomas ou sinais que levaram ao diagnóstico, e não só a mera elevação da PA.

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