Qual é a prevalência de localização dos tumores primários em metástases ósseas?

Estudo buscou identificar a prevalência de subtipos de tumores primários em uma população de pacientes com metástases ósseas.

Apesar dos avanços na oncologia clínica e cirúrgica, o câncer continua sendo uma das principais causas de morte em todo o mundo. Uma complicação muito frequente em estágios avançados são as metástases, especificamente as ósseas. O acometimento ósseo nesses casos pode levar à dor, fratura patológica e redução da mobilidade.

Leia também: Dá para predizer quais pacientes terão metástase precoce após ressecção hepática?

Estudos mais antigos colocavam os tumores pulmonares como a causa mais comum de metástases ósseas, seguido pelos renais e de tireoide. Entretanto, hoje em dia tem sido percebido uma mudança nesse padrão com variação de acordo com localização geográfica e etnia. Foi publicado no último mês, na revista Bone and Joint Open, um estudo com o objetivo de identificar a prevalência de vários subtipos de tumores primários em uma população de pacientes com metástases ósseas.

Qual é a prevalência de localização dos tumores primários em metástases ósseas?

Métodos

O estudo foi retrospectivo com pesquisa em uma base de dados de saúde americana chamada Premier Healthcare Database (PHD) entre 2015 e 2020. As prevalências de todos os subtipos de tumores primários foram tabuladas. Taxas de fratura patológica de ossos longos, taxas de mortalidade em 90 e 360 dias após tratamento cirúrgico de fratura patológica foram avaliados para cada subtipo de tumor primário.

Resultados

No total, 407.893 pacientes com doença óssea metastática foram identificados. Das 14 localizacōes de tumores primários avaliadas, a doença óssea metastática foi mais frequentemente originada de pulmão (24,8%), próstata (19,4%), mama (19,3%), trato gastrointestinal (9,4%) e trato genitourinário (6,5%).

Os cinco principais tumores malignos que resultam em fratura patológica de ossos longos foram renais (5,8%), mieloma (3,4%), aparelho reprodutor feminino (3,2%), pulmão (2,8%) e mama (2,7%). Após tratamento de fraturas patológicas de ossos longos, as taxas de mortalidade em 90 dias foram maiores para pulmão (12,1%), sistema nervoso central (10,5%), linfoma (10,4%), gastrointestinal (10,1%) e malignidades urinárias não renais (10,0%).

O estudo também demonstrou melhora na taxa de sobrevida em 90 ou 360 dias em pacientes tratados por fratura patológica iminente em comparação com fratura completa, bem como taxas significativamente mais baixas de trombose, embolia pulmonar, infecção do trato urinário e transfusão de sangue.

Saiba mais: Tumores de sítios extraoculares podem dar metástase iriana?

Conclusão e mensagem prática

Este estudo é importante por definir características contemporâneas das malignidades primárias que resultam em doença óssea metastática. Esses dados devem ser considerados pelos cirurgiões ao realizar prognósticos de resultados dos pacientes durante o tratamento de sua doença óssea metastática.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo

Selecione o motivo:
Errado
Incompleto
Desatualizado
Confuso
Outros

Sucesso!

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo.

Você avaliou esse artigo

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Baixe o Whitebook Tenha o melhor suporte
na sua tomada de decisão.
Referências bibliográficas: Ícone de seta para baixo
  • Christ AB, Piple AS, Gettleman BS, Duong A, Chen M, Wang JC, Heckmann ND, Menendez L. Prevalence of primary malignant tumours, rates of pathological fracture, and mortality in the setting of metastatic bone disease. Bone Jt Open. 2023 Jun 5;4(6):424-431. DOI: 10.1302/2633-1462.46.BJO-2023-0042.R1.