Uso do ácido hialurônico na atrofia vaginal pós-menopausa

Existem diversos tratamentos para o controle da SGM, como fisioterapia pélvica, lazer, uso de hormônios tópicos e o uso do ácido hialurônico.

A baixa concentração de estrogênio na pós-menopausa resulta em grandes mudanças na vida da mulher, uma delas é a síndrome genitourinária da menopausa (SGM), na qual a atrofia vaginal é o fator desencadeante de diversos sintomas e patologias que diminuem a qualidade de vida das pacientes. Entre os sintomas, os principais são: secura vaginal, dispareunia, vulvodínia, ardência e prurido vulvar. A profilaxia da atrofia vaginal é importante, pois além de melhorar a qualidade de vida da paciente, diminui o risco de infecção urinária e candidíase de repetição. Existem diversos tratamentos para o controle da SGM, como fisioterapia pélvica, lazer, uso de hormônios tópicos e o uso do ácido hialurônico.

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Uso do ácido hialurônico na atrofia vaginal pós menopausa.

Estudo recente

Em outubro de 2020 foi publicado um artigo de pesquisadores brasileiros no Journal of Sexual Medicine, uma revista com fator de impacto 3.802, na qual traz a discussão do uso de ácido hialurônico na atrofia vaginal pós-menopausa. Este artigo é uma revisão sistemática utilizando o protocolo PRISMA e foi registrado no PROSPERO, um instituto internacional de registro de revisões sistemáticas.  Os estudos utilizados nesta revisão foram publicados entre 2011 e 2017, e envolviam 335 mulheres entre 45 e 70 anos.

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Segundo Dos Santos (2020), os estudos mostraram que o uso de ácido hialurônico tem eficácia similar ao uso de estrogênio tópico na melhora dos sintomas causados pela atrofia vaginal e da dispareunia, sendo uma boa alternativa em pacientes que não podem usar hormônios. Mas o autor ressalta que a maneira de avaliar estes benefícios foram diferentes nos estudos analisados, podendo ser um viés nesta revisão sistemática.

Mensagem final

Uma das principais queixas no consultório de ginecologia das mulheres pós-menopausa está ligada à SGM. É importante saber se a paciente tem contraindicação ao uso de hormônios tópicos para o tratamento de atrofia vaginal e dispareunia, e também diferenciar a paciente que não é adepta ao uso de hormônio, e se possível, tem a preferência por usar uma terapêutica não hormonal. Portanto, sabendo que a eficácia entre o ácido hialurônico e o estrogênio tópico é similar, temos essa opção terapêutica que além de apresentar boa eficácia é segura para as pacientes, como mostrou Dos Santos (2020) em sua revisão sistemática.

Referências bibliográficas:

  • Dos Santos CCM, Uggioni MLR, Colonetti T, Colonetti L, Grande AJ, Da Rosa MI. Hyaluronic Acid in Postmenopause Vaginal Atrophy: A Systematic Review. J Sex Med. 2021 Jan;18(1):156-166. doi: 10.1016/j.jsxm.2020.10.016
  • Portman DJ, Gass ML. Vulvovaginal Atrophy Terminology Consensus Conference Panel. Genitourinary syndrome of menopause: new terminology for vulvovaginal atrophy from the International Society for the Study of Women’s Sexual Health and the North American Menopause Society. Menopause. 2014 Oct;21(10):1063-8. doi: 10.1097/GME.0000000000000329.

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