Vaginite: existe diferença entre o diagnóstico clínico para a avaliação laboratorial da secreção vaginal?

A vaginite tem alta incidência, mas o diagnóstico laboratorial nem sempre está disponível nos locais que prestam assistência às mulheres.

A vaginite tem alta incidência e prevalência entre as mulheres em todo mundo. O diagnóstico laboratorial nem sempre está disponível nos locais que prestam assistência às mulheres, sendo feito o diagnóstico clínico na maioria das vezes. Além do mais, realmente, é a forma de diagnóstico protocolada pela maioria das instituições. Mas será que o diagnóstico clínico apresenta assertividade semelhante ao diagnóstico laboratorial?

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Vaginite: existe diferença entre o diagnóstico clínico para a avaliação laboratorial da secreção vaginal?

Estudo recente

Em dezembro de 2021 foi publicado um artigo na Obstetrics & Gynecology, com objetivo de comparar o desempenho da vaginite com diagnóstico baseado na avaliação clínica com a detecção molecular de organismos associados à vaginose bacteriana, candidíase vulvovaginal e Trichomonas vaginalis.

Este estudo transversal incluiu 489 participantes inscritos em cinco locais de coleta onde aquelas com sintomas de vaginite tiveram um swab de secreção vaginal coletado durante sua consulta e um diagnóstico clínico realizado. As medidas de resultado incluem concordância positiva, negativa e percentual geral de avaliação clínica com o painel vaginal.

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O diagnóstico clínico teve um percentual positivo de concordância com o painel vaginal de 57,9%, 53,5% e 28,0% para vaginose bacteriana, vulvovaginal candidíase e T vaginalis, respectivamente. A concordância percentual negativa para o diagnóstico clínico foi de 80,2%, 77,0% e 99,8%, respectivamente. Sessenta e cinco por cento, 44% e 56% das pacientes identificadas como tendo vaginose bacteriana, candidíase vulvovaginal, e T. vaginalis por ensaio, respectivamente, não foram tratados para vaginite com base em um diagnóstico clínico negativo.

Comparado com o exame laboratorial, o diagnóstico clínico apresentou resultados falso-positivos com taxas de 19,8%, 23,0% e 0,2% para vaginose bacteriana, candidíase vulvovaginal e T. vaginalis, respectivamente. Diferenças significativas em proporções pareadas foram observados entre o exame laboratorial de painel vaginal e diagnóstico para detecção de vaginose bacteriana e T. vaginalis.

Mensagem final

Os autores desta pesquisa que trago para conhecimento dos colegas, mostram que o exame laboratorial para identificar o painel vaginal pode melhorar a precisão diagnóstica da vaginite e facilitar o tratamento adequado e oportuno.

Referência bibliográficas:

  • Broache M, Cammarata CL, Stonebraker E, Eckert KMS, Van Der Pol B, Taylor SN. Performance of a Vaginal Panel Assay Compared With the Clinical Diagnosis of Vaginitis, Obstetrics & Gynecology. 2021 dez;138(6):853-859. doi: 10.1097/AOG.0000000000004592.

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