AHA 2021: dabigatrana versus varfarina na cognição

O estudo GIRAF, apresentado no AHA 2021, randomizou pacientes com FA não valvar para dabigatrana vs varfarina e analisaram diversas funções cognitivas no início do estudo e após 2 anos.

Pacientes com fibrilação atrial (FA) apresentam maior risco de demência, não só por causa vascular, como também Alzheimer. Em uma meta-análise recente, este risco por chegar a ser 50-60% maior, mas o tratamento anticoagulante é capaz de reduzi-lo. A dúvida que existe é se os “novos” NOAC conferem alguma vantagem em relação à antiga e tradicional varfarina neste tipo de desfecho.

médico conversando com paciente sobre cognição e FA

FA e cognição

O estudo GIRAF foi apresentado no congresso da American Heart Association (AHA 2021). Coordenado pelo brasileiro Bruno Caramelli, randomizou pacientes com FA não valvar para dabigatrana versus varfarina e analisaram diversas funções cognitivas no início do estudo e após 2 anos. Foram recrutados 200 pacientes com ≥ 70 anos e CHAD2DS2-VASC SCORE > 1.

A idade média ficou próxima a 75 anos, com 60% de homens, um HAS-BLED em torno 1 e um CHAD2DS2-VASC SCORE médio de 4. Um aspecto interessante do estudo foi a excelente adesão à varfarina, com uma taxa de INR alvo média acima de 70%.

Resultados

O resultado mostrou que não houve diferença clinicamente relevante entre os grupos. Apenas uma discreta performance melhor em apenas 1 dos testes, o Montreal Cognitive Assessment, mas favorecendo a varfarina!

Para a vida prática, a mensagem é a mesma: os NOAC oferecem vantagens posológicas, eficácia no mínimo equivalente e um risco menor de sangramento.

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