ATS 2022: Segurança do itepekimab no tratamento da asma

Neste estudo de fase 2 apresentado durante o congresso da ATS 2022, os autores discutiram a segurança do itepekimab no tratamento da asma.

O itepekimab é um novo anticorpo monoclonal contra a alarmina da interleucina-33. A eficácia e segurança do itepekimab como monoterapia, bem como em combinação com dupilumabe, em pacientes com asma não são claras. Neste estudo de fase 2 apresentado durante o congresso da ATS 2022, os autores discutiram sobre a nova droga.

itepekimab

Metodologia 

Neste estudo de fase 2, os pacientes foram aleatorizados em quatro grupos, em uma proporção de 1:1:1:1, sendo adultos com asma moderada a grave recebendo glicocorticoides inalatórios mais beta-agonistas de longa ação (LABAs) para receber itpekimabe subcutâneo (na dose de 300 mg), itepequimabe mais dupilumabe (ambos em 300 mg; terapia combinada), dupilumabe (300 mg) ou placebo a cada duas semanas por 12 semanas, com redução do LABA do corticoide inalatório de forma progressiva.

O desfecho primário foi um evento indicando perda do controle da asma, avaliado no grupo itepequimabe e no grupo de combinação, em comparação com o grupo placebo. Os desfechos secundários e outros incluíram função pulmonar, controle da asma, qualidade de vida, biomarcadores tipo 2 e segurança.

Resultados

Um total de 296 pacientes foram randomizados. Em 12 semanas, um evento indicando perda do controle da asma ocorreu em 22% dos pacientes do grupo itepekimab, 27% do grupo combinado e 19% do grupo dupilumabe, em comparação com 41% daqueles no grupo placebo, com o OR de 0,42 (intervalo de confiança de 95% [IC], 0,20 a 0,88; P = 0,02) no grupo itepekimab; no grupo de combinação, 0,52 (IC 95%, 0,26 a 1,06; P=0,07); e no grupo dupilumab, 0,33 (IC 95%, 0,15 a 0,70). Em comparação com placebo, o volume expiratório forçado em um segundo antes do uso do broncodilatador aumentou com as monoterapias de itepekimab e dupilumabe, mas não com a terapia combinada. O tratamento com itepekimab melhorou o controle da asma e a qualidade de vida, em comparação com o placebo, e levou a uma maior redução na contagem média de eosinófilos no sangue. A incidência de eventos adversos foi semelhante em todos os quatro grupos de estudo.

Diante desses dados, a droga parece ter efeito na manutenção do tratamento da asma, em monoterapia. O estudo é de fase 2, com curta duração, com necessidade dos trials de fase 3 para melhor avaliação da droga que estão em andamento.

Mensagens práticas

  • A associação de imunobiológicos na asma ainda é pouco compreendida e até o momento não está indicada;
  • A troca de imunobiológicos parece ser mais eficiente, de acordo com o perfil do paciente e com os biomarcadores presentes;
  • O itepekimab, um anti-IL 33, parece ser seguro e pode ser uma nova medicação para a manutenção do controle da asma;

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Referências bibliográficas: Ícone de seta para baixo
  • Wechsler ME, Ruddy MK, Pavord ID, Israel E, Rabe KF, Ford LB, Maspero JF, Abdulai RM, Hu CC, Martincova R, Jessel A, Nivens MC, Amin N, Weinreich DM, Yancopoulos GD, Goulaouic H. Efficacy and Safety of Itepekimab in Patients with Moderate-to-Severe Asthma. N Engl J Med. 2021 Oct 28;385(18):1656-1668. doi: 10.1056/NEJMoa2024257