Ministério da Saúde assume compromisso para erradicação do câncer de colo de útero

O Ministério da Saúde assumiu o compromisso de erradicação do câncer de colo do útero, com vacinação, teste e tratamento contra o HPV.

O Ministério da Saúde assumiu o compromisso de acelerar a erradicação do câncer de colo do útero no Brasil. O anúncio ocorreu durante o lançamento da estratégia global da Organização Mundial da Saúde (OMS) em novembro de 2020, promovido pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

Entre as iniciativas, está a realização de um plano de ação para o combate à doença, que abrange a vacinação, o teste e o tratamento contra o HPV (Papilomavírus humano).

“O governo brasileiro assume publicamente, junto à OMS e à OPAS, o compromisso de erradicar o câncer de colo de útero nas mulheres brasileiras”, afirmou diretor do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas da Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Antônio Braga, que ainda ressaltou que a pasta irá atuar na construção de um plano conjunto para o combate à doença.

Leia também: Câncer de colo de útero associado ao HIV: estimativa de prevalência mundial

“Estaremos ao lado das instituições brasileiras, em especial do Instituto Nacional de Câncer (INCA), para pensarmos em como aplicar a estratégia da OMS para ajudar a erradicar esse problema das mulheres brasileiras”.

Na reunião foi apresentada a estratégia global da OMS para a eliminação desse tipo de câncer aos representantes do Brasil, do Suriname, da Costa Rica e dos Estados Unidos. Os presentes apresentaram as ações de cada país e fortaleceram o compromisso de atuar em conjunto na estratégia.

Vacina contra HPV para prevenir o câncer do colo de útero

Estratégia global da OMS

A estratégia global lançada pela OMS tem três grandes metas:

  • 90% de cobertura da vacinação contra o HPV em meninas antes dos 15 anos;
  • 70% de cobertura com teste de HPV entre mulheres de 35 a 45 anos;
  • 90% de cobertura no tratamento.

O câncer de colo do útero é o quarto tipo que mais atinge o público feminino no país.

“Na cobertura de vacinação, teremos a introdução da vacina no Sistema Único de Saúde (SUS) para meninos e meninas e o sistema de registro individual para monitoramento das doses das meninas”, informou a diretora-geral do INCA, Ana Cristina Pinho.

Em relação à cobertura de teste do HPV, será implementado um sistema que registra os exames papanicolau das mulheres, permitindo o monitoramento dos casos e o pronto acompanhamento e tratamento necessário para evitar o câncer de colo de útero.

Avanços no calendário vacinal brasileiro

O Ministério da Saúde implementou no calendário vacinal, em 2014, a vacina tetravalente contra o HPV para meninas de 9 a 13 anos. A partir de 2017, a pasta incluiu as meninas de 9 a 14 anos e os meninos de 11 a 14 anos.

O imunizante protege contra os tipos mais incidentes de HPV, que causam verrugas genitais e são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero.

Saiba mais: Rastreamento de câncer de colo uterino no Brasil: existe valor clínico para jovens?

A vacinação e a realização do exame preventivo se complementam como ações efetivas de prevenção desse tipo de câncer. Mesmo as mulheres vacinadas na pré- adolescência, na adolescência e aquelas a partir dos 25 anos deverão realizar o exame preventivo periodicamente, uma vez que a vacina não protege contra todos os tipos de HPV que podem causar a enfermidade.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

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