Nutrição na profilaxia e no tratamento da endometriose

Foi publicada revisão sistemática com o objetivo de avaliar o papel da nutrição na profilaxia e no tratamento da endometriose.

Endometriose é uma doença inflamatória caracterizada pelo crescimento de tecido endometrial fora da cavidade uterina. É uma patologia com prevalência de 10% entre as mulheres brasileiras, principalmente entre 25 e 35 anos. Nos últimos anos diversos estudos têm mostrado a importância do tratamento multidisciplinar na paciente com endometriose, e a área da nutrição tem um destaque merecido, afinal, as pacientes demonstram importante melhora das dores pélvicas crônicas e da dismenorreia após a avaliação e conduta do nutricionista.

Leia também: Interação entre a endometriose e a microbiota intestinal

Nutrição na profilaxia e no tratamento da endometriose

Métodos

Em fevereiro de 2023, foi publicada uma revisão sistemática na Frontiers com o objetivo de avaliar o papel da nutrição na profilaxia e no tratamento da endometriose. Afinal, os medicamentos podem ser usados para reduzir a dor aguda, sendo os tratamentos hormonais comuns, podendo interferir na fertilidade da paciente. Em casos mais graves, a excisão laparoscópica e até mesmo histerectomias são usados para tratar a dor associada com endometriose. Contudo, intervenções nutricionais podem ser úteis na prevenção e tratamento da endometriose e dor associada.

Resultados

De acordo com os autores, ao reduzir a gordura dietética e aumentando a fibra na alimentação, a paciente apresenta uma redução do estrogênio circulante, surgindo um benefício para indivíduos com endometriose, pois é uma doença dependente de estrogênio. Os pesquisadores ressaltam que o consumo de carne está associado a maior risco de desenvolver endometriose, e que as propriedades anti-inflamatórias das dietas à base de plantas podem beneficiar mulheres com endometriose. Além disso, as algas contêm propriedades moduladoras de estrogênio que beneficiaram mulheres na pós-menopausa e oferece potencial para reduzir as concentrações de estradiol na pré-menopausa.

Saiba mais: A relação entre estradiol circulante, endometriose e dor

 Conclusão e mensagem prática

Diversos estudos também pontuam sobre o consumo de vitamina D, na sua capacidade de reduzir a dor pélvica crônica, via aumento da capacidade antioxidante. Já a suplementação com as vitaminas C e E reduziram significativamente os sintomas da endometriose, em comparação com placebo.

Nos últimos anos diversos estudos mostraram a necessidade do tratamento multidisciplinar na paciente com endometriose. Contudo, mais ensaios clínicos randomizados são necessários para elucidar o papel da dieta na paciente com endometriose.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo

Selecione o motivo:
Errado
Incompleto
Desatualizado
Confuso
Outros

Sucesso!

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo.

Você avaliou esse artigo

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Baixe o Whitebook Tenha o melhor suporte
na sua tomada de decisão.
Referências bibliográficas: Ícone de seta para baixo
  • Barnard ND, Holtz DN, Schmidt N, Kolipaka S, Hata E, Sutton M, Znayenko-Miller T, Hazen ND, Cobb C, Kahleova H. Nutrition in the prevention and treatment of endometriosis: A review. Front Nutr. 2023 Feb 17;10:1089891. DOI: 10.3389/fnut.2023.1089891.