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Apesar do amplo esforço do governo em conscientizar a importância do sexo seguro e da distribuição de preservativos durante o Carnaval, nos deparamos comumente com pacientes em busca de orientações para anticoncepção de emergência após manter relações sexuais desprotegidas.
Segundo um estudo do CDC, a proporção de mulheres nos Estados Unidos que já usaram anticoncepcionais de emergência aumentou de 4% em 2002 para 11% até 2010. Durante o plantão no pronto atendimento é comum recebermos pacientes em busca dessa contracepção ou a famosa pílula do dia seguinte.
Quando estamos frente a frente ao paciente com estas dúvidas, você se sente preparado para lidar da maneira correta?
A anticoncepção de emergência é um método contraceptivo para prevenção de gestação inoportuna ou indesejada seja por relação sexual desprotegida, falha do método de anticoncepção ou violência sexual.
Os dois métodos mais comuns envolvem o uso progestágeno (levonorgestrel) em alta dose ou o método de Yuzpe o qual conta com a associação etinilestradiol e levonorgestrel. O primeiro método possui menor taxa de falha e é dose única, enquanto o segundo, Yuzpe, é administrado em duas doses com intervalos de 12/12h e não pode ser utilizado em associação com o ritonavir na profilaxia contra o HIV.
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Os efeitos colaterais mais comuns desse regime são:
- Náuseas
- Vômitos
- Vertigem
- Cefaleia
- Mastalgia
- Diarreia
- Irregularidade menstrual
- Dor abdominal
Se há vômito nas primeiras 1 a 2 horas após anticoncepção de emergência, recomenda-se que a dose seja repetida. Caso o vômito ocorra novamente dentro do mesmo prazo, ou a mulher esteja inconsciente, recomenda-se a administração por via vaginal.
A única contraindicação absoluta, categoria 4 da OMS, é a gravidez confirmada.
Acima de tudo, é importante orientar o paciente a respeito dos riscos do sexo desprotegido, pois muito além de gravidez inesperada, podem ocorrer o contato com doenças sexualmente transmissíveis.
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