Choosing wisely: 5 dicas para administração de antibiótico hospitalar na pediatria

Choosing Wisely de pediatria abordou cinco estratégias antibióticas que os médicos devem questionar ou evitar em pacientes pediátricos no hospital.

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Em mais uma publicação da campanha Choosing Wisely, a American Academy of Pediatrics, em parceria com a Pediatric Infectious Diseases Society, abordou cinco estratégias antibióticas que os médicos devem questionar ou evitar em pacientes pediátricos no hospital. Veja abaixo.

1) Com exceção de casos excepcionais, a antibioticoterapia empírica no paciente com suspeita de infecção bacteriana invasiva só deve ser iniciada após a cultura de sangue, urina e etc.

Para suspeitas de infecções bacterianas invasivas, os exames de diagnóstico devem incluir hemoculturas e cultura apropriada de amostras do local suspeito de infecção.

2) Não usar antibiótico de amplo espectro para a profilaxia perioperatória em procedimentos não complicados. Não continuar com a profilaxia após a incisão ser fechada.

Não há evidências de que antibióticos de amplo espectro e durações mais longas de terapia são mais benéficos para o paciente. Além disso, essas práticas contribuem para o desenvolvimento de resistência antimicrobiana e o surgimento de organismos patogênicos.

3) A pneumonia adquirida na comunidade sem complicações em pacientes hospitalizados, imunizados e saudáveis, não deve ser tratada com antibioticoterapia mais ampla que a ampicilina.

Pneumonia é responsável por uma porcentagem significativa do uso de antibióticos em crianças. O uso desnecessário de antibióticos de amplo espectro, incluindo cefalosporinas, tem demonstrado contribuir para a resistência a antibióticos e infecção por C. difficile.

4) O uso empírico de vancomicina ou carbapenêmicos deve ser evitado em pacientes críticos na UTI neonatal, exceto quando o paciente tem um risco aumentado para organismos resistentes a agentes de espectro mais restrito.

Antibióticos como a vancomicina e os carbapenêmicos são ativos contra bactérias altamente resistentes aos antibióticos, que não respondem a outros antibióticos. Seu uso excessivo pode promover colonização e infecção com organismos cada vez mais resistentes, aumentando o espectro de morbidade e mortalidade devido à infecção intratável.

5) Em crianças saudáveis com infecções que podem ser transferidas para um agente oral apropriado, deve-se evitar o uso de cateteres centrais e antibióticos intravenosos prolongados.

Cateteres centrais de inserção periférica (PICC) são muito utilizados em crianças que necessitam de antibióticos intravenosos a longo prazo. As infecções mais comuns relacionados aos PICCs respondem bem aos antibióticos administrados por via oral após um breve período de terapia intravenosa.

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