ACC 2022: associação entre um elevado escore de cálcio e morte súbita

Estudo avaliou o escore de cálcio coronariano a fim relacionar a carga de cálcio em associação com morte súbita.

Um estudo coorte, multicêntrico e observacional com mais 66 mil pacientes sem doença coronariana conhecida, chamado CAC Consortium, avaliou o escore de cálcio coronariano a fim relacionar a carga de cálcio em associação com morte súbita. Foi avaliado também no estudo se a idade ou sexo afetariam o escore de cálcio e uma futura morte súbita. Os resultados foram apresentados no congresso do American College of Cardiology (ACC 2022).

ACC 2022 associação entre um elevado escore de cálcio e morte súbita

Metodologia do estudo

Foram coletados dados dos mais de 66 mil participantes entre 1991 e 2010 que se submeteram a TC de coronária sem contraste guiada por eletrocardiograma. Os pacientes foram divididos em 5 grupos conforme o escore de cálcio (CAC): CAC 0, CAC 1 – 99, CAC 100 – 399, CAC 400 – 999 e CAC > 1000.

Para avaliação de morte súbita foi considerado o atestado de óbito quando a primeira causa de morte foi relatada como morte súbita e a segunda causa como cardiopatia coronariana.

Dentre as características populacionais, observou-se que 33% eram mulheres, a idade média era de 54,5 anos. Foi observado CAC > 0 em mais da metade dos pacientes (55,3%) e 55% deles tiveram um risco cardiovascular (ASCVD) em 10 anos < 5%. Durante o seguimento médio de 10,6 anos, ocorreram 211 mortes súbitas, 91% delas em pacientes com CAC > 0.  Para se ter uma noção da relevância do escore de cálcio, pacientes com CAC entre 1 e 99 tiveram uma incidência superior a 2x de morte súbita em relação a pacientes com CAC 0, e essa diferença aumentou conforme o aumento do escore de cálcio.

O risco cardiovascular em 10 anos de base não alterou de forma significativa a relação entre um maior CAC e morte súbita, e não houve diferenças significativas entre homens e mulheres.

Portanto, os pesquisadores classificaram o escore de cálcio como uma ferramenta importante na prevenção primária de morte súbita, independente do risco cardiovascular. Quantificar o escore de cálcio precocemente pode ajudar a refinar o risco de morte súbita mais cedo.

Esse estudo abre um caminho para futuras pesquisas em relação ao escore de cálcio para prevenção de morte súbita.

Estamos acompanhando o congresso americano de cardiologia. Fique ligado no Portal PEBMED e em nosso Twitter e Instagram.

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Referências bibliográficas: Ícone de seta para baixo
  • Razavi AC, et al. Coronary Artery Calcium for Risk Stratification of Sudden Cardiac Death: The Coronary Artery Calcium Consortium. J Am Coll Cardiol Img. Mar 21, 2022. Epublished. DOI: 10.1016/j.jcmg.2022.02.011